ASSINE
search button

Em ano de eleição, intervenção no RJ torna comissão de Segurança Pública da Câmara mais disputada

Compartilhar

De olho na visibilidade do tema em ano eleitoral, deputados da bancada da bala pretendem tornar a presidência da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara mais cobiçada em 2018. Ao contrário de anos anteriores, quando a comissão era uma das últimas opções dos partidos, a colegiado virou objeto de desejo após a intervenção federal no Rio de Janeiro, a criação do Ministério da Segurança Pública e o assunto se tornar prioridade na pauta de votações da Casa.

"Estar na comissão vai ser interessante eleitoralmente. Quero ver quem vai votar contra esses projetos com o Brasil clamando por segurança", disse o deputado Capitão Augusto (PR-SP), atual presidente da comissão. 

Presidir uma comissão dá ao parlamentar a chance de ganhar projeção, já que o presidente se torna o dono da pauta e da condução dos trabalhos. Não à toa, o pré-candidato ao governo do Distrito Federal, deputado Alberto Fraga (DEM-DF), já manifestou o desejo de comandar a comissão este ano. "Interesse eu tenho, sempre foi um sonho. Tenho 20 anos na Casa e nunca presidi uma comissão. Se o partido me der essa oportunidade, serei eternamente grato", afirmou. Fraga, no entanto, ainda não sabe se o líder Rodrigo Garcia (SP) colocará a sigla na briga pela comissão.

O PR pretende se manter na presidência do colegiado com a indicação do deputado Laerte Bessa (PR-DF), que já comandou os trabalhos em 2010. Para o líder da bancada, José Rocha (BA), a comissão terá uma visibilidade inédita porque o momento político é favorável para os debates sobre o tema. "A comissão não tem merecido atenção, agora ficará entre as seis primeiras escolhas dos partidos."

De saída do PR e em negociação com o PSL de Jair Bolsonaro (RJ), o deputado Cabo Sabino (CE) disse que se a sigla que o acolher na janela partidária concordar, estará disposto a brigar pela comissão. "Se o partido que eu for quiser, tenho interesse sim "

Major Olímpio (SD-SP) afirmou que também gostaria de liderar a comissão para colocar em pauta temas como reestruturação das polícias e mudanças na concessão de indulto aos presos do regime fechado. "Logicamente em sendo profissional da segurança, seria honroso e interessante presidi-la", disse. A expectativa é de que a divisão do comando das 25 comissões permanentes ocorra nos próximos dias. Partidos com maior bancada na Câmara têm prioridade de escolha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo