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Rebelião termina em presídio de Japeri com liberação de 18 reféns

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A rebelião na Penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, foi controlada e os reféns foram liberados depois de negociações comandados pela Superintendência de Segurança da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). De acordo com a Seap, ao todo 18 pessoas chegaram a ficar reféns dos presidiários, sendo oito agentes da secretaria e dez detentos.

Durante a ação contra a rebelião foram apreendidos um revólver, duas pistolas e uma granada de efeito moral. O incidente será investigado pela própria Seap, segundo nota divulgada pela instituição.

Antes da libertação, o Grupo de Intervenção Tática (GIT) da Seap entrou no presídio e três detentos foram baleados. Eles foram levados para o Hospital Pedro II.

A ação contou com o apoio do Gerenciamento de Crise do Centro Integrado de Comando e Controle.

A rebelião começou durante a contagem dos presos. A agentes teriam sido abordados por detentos com revólveres.  O presídio tem capacidade para 884 detentos e mantinha em janeiro 2.027 presos, segundo o Conselho Nacional de Justiça.

A rebelião aconteceu no dia em que a Seap informou que antecipou "medidas de controle"  nos presídios do estado para impedir eventuais reações da população carcerária à intervenção federal na segurança pública do estado, decretada na última sexta-feira (15).

“Uma série de medidas operacionais foram adotadas, com o objetivo de impedir as instabilidades no sistema carcerário”, informou, em nota, o secretário de Administração Penitenciária, David Anthony.

A Seap não detalhou as medidas alegando “questões de segurança”.

Na nota, a secretaria estadual destaca que algumas das “medidas de controle” do sistema prisional do Rio de Janeiro estavam em andamento desde 24 de janeiro, quando David Anthony assumiu o comando do órgão. “Embora a crise na segurança pública do Rio de Janeiro tenha sido alvo de atenção agora, a da Seap ocorreu há um mês, quando assumimos a atual administração”, afirmou o secretário.

Desde sexta-feira, após assinatura do decreto de intervenção federal pelo presidente Michel Temer, a segurança pública do Rio de Janeiro está sob comando do coronel Walter Braga Netto, do Comando Militar do Leste, nomeado interventor.

Com Agência Brasil