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Justiça aceita mais três denúncias e Cabral se torna réu pela 20ª vez

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O ex-governador Sérgio Cabral virou réu em mais três processos de corrupção passiva na Operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (10). As denúncias do Ministério Público Federal (MPF) foram aceitas pela juiza substituta Caroline Vieira Figueiredo, da 7ª Vara Federal Criminal. 

O ex-governador já tem quatro condenações pela Justiça Federal, que somam 87 anos de cadeia.

Também se tornaram réus o ex-secretário de Obras Hudson Braga, o ex-secretário da Casa Civil Régis Fichtner, o ex-secretário de Governo Wilson Carlos, Wagner Jordão Garcia (apontado como operador financeiro do esquema criminoso), Alex Sardinha da Veiga (ex-coordenador de licitações da empresa Oriente Construção Civil) e Geraldo André de Miranda Santos (diretor e atual administrador da Oriente).

Os procuradores afirmam que a denúncia apresentada em decorrência das operações Saqueador e Calicute abrange esquema criminoso de corrupção em torno dos contratos celebrados pelo governo do estado do Rio com a construtora Oriente. Segundo a denúncia, ao menos entre 2010 e 2014, Cabral, por meio de Braga e Garcia, solicitou e recebeu propina de Alex Sardinha e Geraldo André. Em geral, o valor cobrado era de 1% dos contratos celebrados.

“Com efeito, o pagamento de propina em relação às obras públicas executadas pelo governo do Rio de Janeiro na gestão de Sérgio Cabral e Hudson Braga era prática generalizada, que certamente gerou o pagamento de dezenas de milhões de reais em propina”, afirmam os procuradores na denúncia.

Em 21 de dezembro, Cabral foi denunciado outras duas vezes junto com o ex-chefe da Casa Civil Régis Fichtner e o empresário Georges Sadala. Também foram alvo das duas denúncias Luiz Carlos Bezerra e Wilson Carlos, que, segundo o MPF, eram os operadores da organização.