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Servidores protestam contra políticos presos em Benfica e denunciam atraso de salários

No presídio de Benfica, três ex-governadores do Rio estão presos: Cabral, Rosinha e Garotinho

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Os servidores públicos estaduais realizam neste sábado (2) uma passeata até a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, para denunciar o atraso de salários. De acordo com os servidores, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) descumpriu a promessa de pagamento dos salários atrasados, feita em reunião com o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe), no dia 16 de novembro. 

"O governo do estado do Rio de Janeiro segue ferindo o princípio da Isonomia, deixando de lado milhares de servidores que ainda se encontram sem os vencimentos de setembro e outubro. Além disso, o governo ainda não pagou o 13º de 2016, salário atrasado há um ano", diz o Muspe em nota.  

Enquanto isso, no presídio de Benfica, três ex-governadores estão presos, Sérgio Cabral, Anthony e Rosinha Garotinho, além dos deputados Edson Albertassi, Paulo Melo e Jorge Picciani, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Todos são acusados de corrupção.

"Por este motivo, neste sábado, os servidores vão em passeata do Into até o presídio de Benfica para cobrar a devolução do que foi roubado e o pagamento imediato dos nossos salários", continua a nota.

Manifestantes também aguardam a saída de Jacob Barata Filho, "Rei do Ônibus", e de Lélis Teixeira, ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor), que tiveram o pedido de habeas corpus concedido ontem (1º) pelo ministro do Supremo, Gilmar Mendes. Servidores seguem gritando palavras de ordem contra os políticos presos.

>> Gilmar Mendes manda soltar pela terceira vez Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira

O cantor e ex-deputado federal Agnaldo Timóteo esteve no local para visitar o presidente de seu partido, Partido da República (PR), Antônio Carlos Rodrigues, ex-senador e ex-ministro dos Transportes, preso pela Operação Caixa D'Água, a mesma que prendeu os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho. O PR teria recebido R$ 3 milhões da JBS para financiar a campanha de Garotinho ao governo do estado, em 2014.

Timóteo foi barrado, pois, segundo os agentes, ele precisa ter uma "carteirinha de visitante". O cantor foi cercado pelos manifestantes e precisou ser escoltado por policiais militares para sair do local.