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'Le Figaro': Guerra sangrenta na Rocinha é fruto da impotência do poder público

Jornal descreve rivalidade entre facções que evoluiu para conflito armado

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Matéria publicada nesta sexta-feira (29) pelo jornal francês Le Figaro fala sobre a disputa pelo controle do tráfico de drogas na favela da Rocinha.

A reportagem intitulada "A guerra entre a Viúva Negra e Rogério 157", relata os bastidores da violenta luta pelo controle do tráfico de drogas. 

O vespertino informa que o clima de guerra obrigou o governo do Rio de Janeiro a pedir a intervenção do exército, com prioridade em prender Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157, ex-aliado do traficante Nem. 

Le Figaro aponta que o pano de fundo da situação é a impotência do governo local, submergido em casos de corrupção, falência do Estado, ausência de uma política de segurança pública e até o fracasso das UPP's, comandada por uma polícia desmoralizada e corrompida.

Le Figaro descreve Danúbia de Souza Rangel, 33 anos, como uma mulher que adora postar fotos em redes sociais de seu "corpo esculpido pela musculação e por cirurgias plásticas" e complementa: foragida, ela é esposa de Antonio Francisco Bonfim Lopes, mais conhecido como Nem, ex-líder do tráfico na favela. 

O diário salienta: Conhecida como "xerife da Rocinha", Danúbia trava uma luta sangrenta com o ex-braço direito de Nem pelo controle da favela, situada na zona sul da cidade, onde estão os bairros mais nobres. 

Le Figaro Destaca: "pela sua localização privilegiada, a Rocinha transborda de cocaína e maconha a cidade".

O periódico avança: Rogério 157, tomou o controle do tráfico, mas dois anos depois decidiu trabalhar por conta própria, gerando um conflito com Danúbia, quarta esposa e "herdeira" de Nem, condenada a 28 anos de prisão, conhecida como "Viúva Negra".

Le Figaro afirma que ela é protegida pela facção Terceiro Comando Puro (TCP), aliada dos Amigos dos Amigos (AdA), enquanto Rogério 157 se uniu do Comando Vermelho, facção que domina o Rio de Janeiro e que está em guerra declarada com a principal organização criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC), originário de São Paulo que fornece armas e drogas aos Amigos dos Amigos. Daí a grande guerra, finaliza. 

>> Le Figaro