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Pezão: Forças Armadas devem patrulhar entorno da Rocinha

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O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o secretário de Segurança Pública do estado, Roberto Sá, pediram apoio das Forças Armadas ao Comando Militar do Leste (CML) para atuar na Rocinha, na zona sul da capital. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, autorizou o envio de tropas. 

"Eles vão atender, mas não sei a magnitude. Não se desloca rapidamente muita gente. Mas algum reforço vai do Exército para aquela região", afirmou o governador, acrescentando: "A gente precisa na Rocinha porque estamos com indícios fortes de mais armas, traficantes, e por isso não podemos recuar e vir para baixo para patrulhar".

Representantes do governo e do CML estão reunidos para discutir como será a atuação das Forças Armadas na comunidade. De acordo com Pezão, a Rocinha tem reforço de policiamento do Batalhão de Operações Especiais e do Batalhão de Choque (Bope), além de helicópteros. As Forças Armadas farão o patrulhamento no entorno da favela.

"Não vamos recuar na Rocinha. É o quinto dia de operações. Ontem descobrimos uma grande quantidade de armamento, drogas e estamos com muitos indícios de traficantes em uma região em que estamos avançando. Temos certeza que a reação que está ocorrendo no asfalto é por causa disso", completou.

Rocinha

Um tiroteio causa pânico na Rocinha desde as 9h30 desta sexta. Um morador ficou ferido e foi levado para o Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea. Não há informações sobre seu estado de saúde. Desde o início da manhã, o Batalhão de Choque da PM fazia uma nova operação na região, a quinta em cinco dias.

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou, por volta das 10h, que a Autoestrada Lagoa-Barra foi fechada entre o Fashion Mall e a Praça Sibelius. A autoestrada é a principal ligação entre a Zona Sul e a Zona Oeste da cidade. O túnel Zuzu Angel também foi fechado.

Um ônibus da linha 538 foi incendiado na Estrada da Gávea. E quase 2,5 mil alunos da rede municipal de ensino estão sem aula na Rocinha na manhã desta sexta. A Pontífice Universidade Católica do Rio (PUC-RJ) também fechou as portas. 

Reunião

Após o encontro com o general Braga Netto, Roberto Sá disse que todos os aparatos públicos serão empregados para conter a atual situação de violência no Rio, principalmente em relação à Rocinha.

Segundo ele, o estado e a União estão juntos na luta contra os criminosos. Ele negou qualquer falta de sintonia entre os governos estadual e federal. “Não houve recusa de apoio. Não há rixa entre nós, mas são instituições que têm maneira de atuar diferente”, disse.

Perguntado se o estado demorou a agir para conter a violência na Rocinha, o secretário respondeu que a área estava sendo acompanhada pelo Batalhão de Choque, Batalhão de Operações Especiais e pelo Batalhão do Leblon. “Estávamos monitorando a situação. A situação estava de aparente estabilidade. Havia um cerco.”

*com Agência Brasil