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Militares do Exército e Aeronáutica começam cerco à comunidade da Rocinha

Ministro da Defesa anunciou a presença de 950 oficiais das Forças Armadas

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O primeiro contingente de homens da Forças Armadas que farão um cerco à Rocinha chegaram exatamente às 16h10 na comunidade, na zona sul da cidade.  Cerca de 150 soldados do Exército e da Aeronáutica entraram na parte baixa da comunidade junto ao túnel Zuzu Angel. 

Eles foram acompanhados por policiais militares e se espalharam pelas principais ruas da localidade sem, entretanto, entrar no interior da favela.

A missão principal das Forças Armadas é fazer um cerco à Rocinha para apoiar as operações das polícias civil e militar. 

A comunidade da Rocinha, a maior do Rio de Janeiro, é alvo de operações diárias da Polícia Militar desde o último domingo (17), quando houve confrontos entre grupos criminosos rivais pelo controle de pontos de venda da comunidade. Na manhã de hoje (22), houve intenso tiroteio entre criminosos e policiais.

Na manhã de hoje, houve um tiroteio intenso entre policiais e criminosos, que provocou o fechamento da Auto-Estrada Lagoa-Barra, que liga o bairro de São Conrado à Gávea. Cinco escolas e três unidades de educação infantil da prefeitura fecharam as portas, deixando quase 2.500 alunos sem aulas.

Ministério da Defesa autoriza o envio de 950 homens das Forças Armadas à Rocinha

No fim da manhã desta sexta-feira (22), em coletiva concedida no Palácio do Planalto, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que esteve no Rio de Janeiro na última quinta-feira (21), anunciou inicialmente o reforço de 700 homens do exército para cercar a comunidade. Pouco tempo após o anúncio, o ministério confirmou que aumentou esse efetivo para 950 homens.

O ministério da Defesa confirmou em contato com o Jornal do Brasil o aumento no número do efetivo, e explicou que o ministro havia anunciado 700, pois esse era o número previsto no planejamento inicial feito pelo governo Federal.

O pedido para a participação do Exército nas operações realizadas na comunidade foi feito pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. A comunidade tem sido alvo de operações da Polícia Militar há cinco dias consecutivos, desde o último domingo (17), quando grupos criminosos rivais se enfrentaram pelo controle de pontos de venda da comunidade. Na manhã de hoje (22), foi registrado um intenso tiroteio entre criminosos e policiais.

O comandante da 1ª Divisão do Exército, general Mauro Sinott, informou - após reunião com o secretário de segurança do estado do Rio de Janeiro, Roberto Sá - que as Forças Armadas ajudarão também no controle do trânsito das ruas do entorno e no tráfego aéreo sobre o morro da zona sul da cidade do Rio de Janeiro. “[Vamos atuar] a fim de liberar os contingentes de polícia para ações mais específicas de polícia”, disse o general.