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Rocinha tem domingo de intenso tiroteio entre facções rivais

Disputa pelo comando da comunidade leva pânico aos moradores

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Na madrugada deste domingo (17), moradores da Rocinha, na Zona Sul do Rio, acordaram sob intenso tiroteio entre traficantes que disputam o controle da venda de drogas na comunidade. Moradores relataram ter ouvido tiros de armamento pesado e até granadas.

Nas redes sociais, relatos de pânico revelam o drama da comunidade. Algumas regiões ficaram inclusive sem energia elétrica. 

A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Rocinha divulgou nota informando que os criminosos também entraram em confronto com os policiais. Não havia informações sobre presos ou feridos no incidente. O Grupamento Aeromóvel (GAM) apoiava o policiamento na comunidade.

O confronto teria deixado ao menos dois feridos: um homem foi socorrido na Rua 3 e outro na Rua 2. Pelo menos um homem teria morrido: Tiago Fernandes da Silva, de 25 anos, que já tinha passagens pela polícia. A estação do metrô em São Conrado chegou a ser fechada, mas já foi reaberta.

>> Colunista do 'JB' relata drama: 'Domingo de guerra na Rocinha'

No dia 13 de agosto, homens da facção de Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157, que controla o tráfico no local, foram mortos. Ele teria herdado o comando do tráfico após a prisão de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, que controlava anteriormente e está preso desde 2011. O clima é de disputa entre Rogério e Nem na região. Relatos dão conta de que Rogério teria traído Nem, dando um golpe para ficar com o controle total da comunidade.

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio orienta motoristas a não trafegar pela Estrada Lagoa-Barra e pelo Túnel Zuzu Angel, onde pode haver bloqueios.

Juramento

O confronto deste domingo na Rocinha não foi o único enfrentado pelos moradores da cidade, que vive uma escalada da violência. Entre a tarde de sexta-feira (15) e a madrugada de sábado (16), um intenso confronto deixou pelo menos seis pessoas mortas no Morro do juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio. Um dos mortos seria o chefe do tráfico no Juramento, conhecido como Palmito. 

O medo de novos confrontos fez com que várias famílias deixassem a comunidade. De acordo com a polícia, na sexta-feira, bandidos do Complexo do Alemão invadiram o Juramento numa disputa pelo comando da comunidade, que estava ocupada por traficantes de uma facção conhecida como TCA.