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Defensoria Pública quer ouvir PM sobre denúncias de violações no Jacarezinho

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A Defensoria Pública do Rio de Janeiro enviou à Secretaria Estadual de Segurança e à Polícia Militar um ofício pedindo informações e providências sobre possíveis violações de direitos na comunidade do Jacarezinho. A comunidade tem sido alvo de ações policiais diárias desde o dia 11 de agosto.

A Defensoria está questionando se as sete mortes ocorridas na favela desde o início das operações estão sendo investigadas, se estão sendo adotadas medidas para a proteção dos moradores e se há GPS e câmeras nos veículos blindados da polícia.

Na última sexta-feira (18), a defensora pública Livia Casseres e o ouvidor-geral da Defensoria, Pedro Strozenberg, reuniram-se, na quadra da Unidos do Jacarezinho, com cerca de 120 moradores, comerciantes e representantes de igrejas. No encontro, a Defensoria ouviu as reclamações dessas pessoas.

De acordo com a Defensoria, pelo menos três mortes registradas no período são de pessoas que comprovadamente não estavam envolvidas em confrontos armados: o mototaxista André Luiz Medeiros, o verdureiro Sebastião Sabino da Silva e a cozinheira Georgina Maria Ferreira. Uma quarta vítima, a manicure Adriene da Silva Souza, que foi atingida por um disparo na cabeça, está internada no Hospital Salgado Filho.

A Defensoria também quer saber quais são os objetivos específicos dessas ações, que, segundo os defensores, colocam em risco a vida dos moradores e afetam os serviços públicos de educação, saúde e transporte.

A Secretaria Estadual de Segurança informou que ainda não recebeu o ofício e, portanto, não vai se pronunciar.