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'Le Figaro': Rio enfrenta onda de assassinatos, falência e crise social 

Reportagem fala sobre falta de apoio político para conter criminalidade

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Nesta quarta-feira (16) o jornal francês Le Figaro traz um editorial sobre a escalada da violência urbana no Rio de Janeiro. 

Segundo a reportagem o Rio de Janeiro enfrenta uma onda de assassinatos, em meio a falência econômica e crise social. 

O diário afirma que nos seis primeiros meses do ano, 3457 pessoas foram assassinadas no Estado, ou seja, 15% a mais que no mesmo período em 2016.   

O texto relata assassinatos recentes que levaram os brasileiros a comoção, como a morte do sargento Hudson Silva de Araújo, de 46 anos, no dia 23 de julho, atingido durante um tiroteio entre policiais e traficantes de drogas na favela do Vidigal, o bebê Arthur, atingido na barriga de sua mãe, e o da estudante Maria Eduarda, de 13 anos, morta dentro da escola em Acari e ressalta que estas tragédias ilustram o abandono da segurança pública pelas autoridades.

Le Figaro destaca que apesar dos inúmeros sinais enviados à Brasília sobre a violência fora de controle, o presidente Michel Temer demorou a reagir, ocupado com a defesa das denúncias de corrupção contra ele, lembrando o envio das forças armadas.

O noticiário aponta um aumento de 120% dos delitos registrados em Copacabana, fala que o turismo vem diminuindo, assim como a frequência de bares e restaurantes, que caiu 30% nos últimos meses. 

Para concluir, o vespertino diz que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), criadas em 2008 para diminuir a criminalidade durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, foram criadas com boa intenção, ma, hoje, se transformaram em um fracasso pela falta de financiamento e apoio político.

> > Le Figaro