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Irmãos Assad confessam esquema com Andrade Gutierrez nas obras de Angra 3

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Os empresários Adir e Samir Assad confessaram participação como operadores de um esquema de corrupção nas obras da usina nuclear de Angra 3, entre 2008 e 2012, em depoimento nesta quarta-feira (9), ao juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro, no âmbito da Operação Irmandade, um dos braços das investigação da Lava Jato no estado.

Adir afirmou que abriu uma empresa de terraplanagem e que firmou contratos com empreiteiras do consórcio das obras para a prestação de serviços, sobretudo para a Andrade Gutierrez, mas que os serviços não eram realizados e os contratos eram superfaturados. 

O empresário Fernando Cavendish, da Delta, também foi mencionado no depoimento, como elo para que a CPI do Cachoeira (referente ao contraventor Carlinhos Cachoeira) fosse paralisada por meio de pagamento de R$ 30 milhões feito pela Andrade Gutierrez a parlamentares da comissão de investigação. Segundo Adir, o pagamento foi feito para que deputados não dirigissem perguntas a ele na CPI. 

"Ele deve ter passado o chapéu com outras empreiteiras. Cheguei lá, todos os deputados estavam no celular, para não fazer perguntas. Parece que fui lá fazer uma palestra", relatou Assad.

Samir também confessou os crimes e admitiu que tinha relação próxima com as empreiteiras das obras da usina nuclear.