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'El País': “Não esperem milagres”, diz Jungmann sobre exército no Rio

Soldados serão integrados em operações contra o tráfico de drogas e armas

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Matéria publicada pelo jornal espanhol El País neste domingo (30) comenta que as Forças Armadas voltaram às ruas do Rio de Janeiro pela terceira vez em apenas um ano. Em mais um pedido de socorro do Estado diante da crescente insegurança, o Rio recebe o apoio de 8.500 militares, além de 620 agentes da Força Nacional e policiais rodoviários, totalizando um reforço de 10.000 homens às policiais estaduais. As tropas, autorizadas por decreto assinado pelo presidente Michel Temer, já estão nas principais vias da cidade e devem permanecer até 31 de dezembro, prazo que pode ser estendido até finais de 2018.

A reportagem diz que os militares, segundo as autoridades, não devem fazer patrulhamento regular como foi feito nas Olimpíadas, quando 22.000 homens foram convocados para patrulhar até as praias. Tampouco devem protagonizar ocupações, como aconteceu no Complexo da Maré, em 2014. Os soldados, no entanto, integrarão as equipes destacadas em operações contra o tráfico de drogas e armas.

"Nossa mensagem é: Não vamos voltar atrás, porque estamos determinados e vamos percorrer todo o caminho", disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Apesar do anúncio, o próprio Jungmann tentou diminuir as expectativas da população. "Mas não esperem milagres ou resultados rápidos. A situação não vai mudar do dia para a noite. Vamos enfrentar e atacar o comando do crime que muito provavelmente vai responder. A sociedade precisa estar ciente disso ".

A iniciativa de enviar tropas vem depois de que os governos federal e estadual terem sido criticados por sua falta de ação contra a grave deterioração da segurança pública. mortes violentas retornaram aos níveis de 2009, antes de um plano de segurança nas favelas que conseguiu reduzir o crime ser implantado. 

O envio de militares para Rio servirá como laboratório para um Plano de Segurança Pública anunciado por Temer no início do ano, após várias revoltas sangrentas em prisões do país, finaliza.

> > El País