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Crivella estuda aumentar o número de vagas de estacionamento para motos

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O prefeito Marcelo Crivella recebeu na tarde dessa sexta-feira (28) 20 representantes de moto-táxis e de motoboys, no Palácio da Cidade, em Botafogo. Durante o encontro, Crivella anunciou que vai pedir à Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) um estudo para aumentar o número de vagas para motos. A intenção é atender uma antiga reivindicação da categoria, que encontra dificuldade para estacionar os veículos, principalmente na Zona Sul e no Centro da cidade.

"Precisamos ter mais locais registrados para estacionamento, para evitar que esses trabalhadores sejam multados ou impedidos de fazer o seu trabalho. Os motoboys, os mototaxistas, à medida em que fazem uma pontuação e perdem a carteira (de habilitação), a punição é dobrada. Para eles, perder a carteira significa também perder o emprego", lembrou o prefeito.

A volta da emissão de novas autorizações provisórias para mototaxistas e a liberação das autorizações definitivas também serão analisadas pela Prefeitura. O documento é a identificação dos profissionais que prestam o serviço de transporte remunerado de passageiros em motocicletas. A sinalização dos pontos com placas de identificação foi outro pedido da categoria que será encaminhado à CET-Rio. As medidas agradaram o presidente do Sindicato dos Mototaxistas do Rio, José Claudio de Paula.

"Essas autorizações facilitam o nosso trabalho. Além de ser um documento exigido e apresentado em blitz, elas (autorizações) representam uma segurança para o passageiro, uma vez que significa que estamos aptos para exercer a atividade. Nesse período de crise e desemprego, muita gente está precisando trabalhar. Atualmente, existem cerca de 50 mil mototaxistas rodando na cidade", calculou José Claudio.

A reunião entre Crivella e os motociclistas aconteceu depois que o grupo realizou um protesto pacífico pelas ruas do Centro contra a atuação de PMs em blitz. Os motoboys alegam que não está sendo cumprido o artigo 270 do Código de Trânsito Brasileiro, que prevê a liberação do veículo quando a irregularidade identificada na fiscalização puder ser sanada no local. Segundo os organizadores do protesto, cerca de 500 motoboys participaram da manifestação. 

"As motos estão sendo apreendidas mesmo quando está somente com uma lanterna queimada. Isso é possível resolver na hora, com a troca da lâmpada, por exemplo. Só para liberar uma moto apreendida é preciso pagar a taxa do reboque e a diária do depósito. No mínimo, R$ 260.  Sai caro para o trabalhador. O prefeito ficou sensibilizado com a nossa situação", avaliou Danilo Alves, um dos representantes dos motoboys no encontro.

Esse foi o terceiro encontro do prefeito com trabalhadores do sistema de transporte de passageiros nessa semana. Na quarta-feira (26) e na quinta (27), Crivella recebeu taxistas que reivindicaram a regulamentação do serviço realizado por aplicativos. Essa questão está para ser julgada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça.