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Lojistas esperam aumento de 2% nas vendas no Dia dos Pais

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Com o estímulo das promoções, propaganda, formas diferenciadas de crediário, descontos e facilidade de pagamento, o comércio lojista espera um crescimento de 2% nas vendas no Dia dos Pais, que junto com o Dia da Criança e do Natal são as datas comemorativas mais importantes para o setor no segundo semestre do ano. 

É o que mostra a pesquisa do Centro de Estudos do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que ouviu 500 lojistas da Cidade do Rio de Janeiro dos ramos de roupas, calçados, joias e relógios, eletroeletrônicos, livros, celulares, artigos esportivos, perfumes e acessórios masculinos (cintos e carteiras) para conhecer a expectativa dos empresários para o Dia dos Pais. 

Segundo a pesquisa o ambiente no comércio é de moderado otimismo, mostrando que os lojistas, apesar da crise e da violência, esperam um movimento melhor este ano em relação a 2016. Eles acreditam que os produtos do setor de vestuário (comuns e esportivos), calçados (incluindo tênis, sandálias e chinelos) e acessórios (carteiras e cintos) devem ser os presentes mais vendidos. 

Os lojistas estimam que o preço médio dos presentes por pessoa deve ser de cerca de R$100,00 e que a maioria dos clientes deverão utilizar o cartão de crédito parcelado como forma de pagamento, seguido de cheque pré-datado, da venda a prazo (crediário), cartão de débito e cartão da própria loja e à vista (em dinheiro). 

O presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, diz que o comércio está moderadamente otimista com as vendas no Dia dos Pais. “O primeiro semestre do ano foi marcado pelo fraco desempenho das vendas, principalmente das datas comemorativas que não atingiram o esperado movimento. Isso, aliado aos custos de operação cada vez maiores, têm provocado, dentre outras consequências nefastas, uma onda de fechamentos de lojas. Exemplo disso são os mais de 880 estabelecimentos comerciais que fecharam as portas somente no mês de maio somente no Município do Rio de Janeiro, 222 % a mais do que no mesmo mês do ano passado, enquanto inúmeros outros negócios correm o risco de ir pelo mesmo caminho”, explica Aldo. 

Outro ponto apontado pelo presidente do CDLRio que tem prejudicado bastante a atividade, principalmente as lojas de rua, é a violência. O comércio varejista carioca gastou R$ 1,2 bilhão com segurança de abril de 2016 a abril de 2017 com a contratação de vigilantes, equipamentos eletrônicos, grades, blindagens de portas e reforço de vitrines. É como se fosse mais um tributo pago pelos lojistas, já massacrados pelo peso da burocracia e da alta carga tributária. 

“A violência urbana na cidade do Rio de Janeiro vem prejudicando bastante o comércio, já afetado pelo quadro econômico do país e, em especial pela crise do Estado do Rio , que tem influído profundamente no comportamento do consumidor, que por um lado fica com medo de sair de casa e por outro reduz seus gastos, entre eles as compras. Todo esse custo com segurança poderia ter sido investido na ampliação dos negócios, como novas lojas, reformas, treinamento de pessoal, gerando mais emprego e renda”, ressalta o presidente. 

“Mas o comerciante, otimista por natureza, não quer e não pode esmorecer. O comércio quer e precisa crescer. Insiste em dar emprego e gerar renda, apesar do quadro caótico que o país atravessa, que inviabiliza investimentos e trata tão mal os setores produtivos, notadamente o comércio e os serviços”, conclui Aldo Gonçalves.