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Prefeitura entrega aos cariocas o Parque das Figueiras na Lagoa

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A Prefeitura do Rio entregou aos cariocas, neste domingo (11/12), o Parque das Figueiras, na Lagoa, o mais novo espaço de lazer da cidade com 21 mil metros quadrados. A área completamente revitalizada abrigou as instalaçoes de remo e canoagem dos Jogos Rio 2016, o que representa mais um legado destinado à população.  Foram instalados 500 metros de ciclovia, 40 bicicletários, brinquedos infantis, espreguiçadeiras, Academia da Terceira Idade (ATI), duas estações de ginástica, estação Bike Rio e uma base da Guarda Municipal.  O plantio de 190 árvores nativas da Mata Atlântica e a manutenção das já existentes, incluindo três figueiras gigantescas, garantem uma atmosfera adequada à prática de esportes, descanso e piquenique.  

— Trata-se de uma extremamente aprazível para um passeio de fim de semana com a família ou para a prática de atividades físicas. Desde o meu primeiro dia como secretário os moradores da Lagoa pedem esse espaço de volta. Finalmente, chegou o dia — comemorou o secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Marcus Belchior.  

O projeto permite uso público ao espaço que se manteve privado por mais de 40 anos, onde funcionava a academia Estação do Corpo, na Avenida Borges de Medeiros, e a Boate Praia, criando um lugar arborizado com livre acesso a pedestres e ciclistas. A área foi devolvida à prefeitura em dezembro de 2012, quando começou a demolição da academia. Em 2013, foi cedido à Fifa para a Copa das Confederações e, por ser bem avaliado como central logística, voltou a ser solicitada pela Fifa para a Copa do Mundo de 2014. Este ano, as modalidades olímpicas e paralímpicas de remo e canoagem utilizaram a área. Os tapumes que cercavam o parque foram retirados na tarde de sexta-feira (10/12). 

— Houve todo um processo de compatibilização com o programa olímpico para aproveitarmos as árvores e os recursos existentes, tanto que a prefeitura exigiu que não se mexesse nas árvores. A ideia principal era que o lugar, após as Olimpíadas, servisse de fato à população — explicou a assessora de Zonas Olímpicas da Empresa Olímpica Municipal (EOM), Claúdia Grangeiro da Silva Castro. 

A criatividade é a marca principal do Parque das Figueiras. Brinquedos e bancos instalados no local foram feitos com troncos de árvores que tombaram após rajadas de vento de mais de 70 km por hora registradas no mês de novembro no Rio. Também existem mosaicos desenvolvidos sobre manilhas que serviram originalmente para enrolar cabos de energia. Os equipamentos servem como mesas para os frequentadores do parque. 

— Fiquei surpreso quando cheguei para passear com o Abhay, meu filho de dois anos, ao ver um espaço tão bonito.  Fui criado na Zona Sul, mas moro no Grajaú, e faço questão de vir passear com ele por aqui.  Como toda criança, Abhay adora esses parquinhos infantis — disse o publicitário Walter Rodrigues, 54. 

Quem também desfrutou do novo espaço foi a aposentada Marina Baleeiro, 74, que realizou alguns exercícios na Academia da Terceira Idade (ATI), instalada próximo às figueiras gigantes que dão nome ao novo parque: 

— Como o Parque dos Patins é muito procurado, este lugar dá mais uma opção de lazer de qualidade.  Não há dúvida que está aprovado, tanto que voltarei outras vezes, trazendo meus netinhos, ainda mais para mim que moro tão próxima.  

Moradores de Ipanema, o casal Evaldo e Claudia Segreto aproveitou as espreguiçadeiras para fazer um descanso da caminhada à sombra das figueiras: 

— É ótimo por ser agradável e estar conectado com a Lagoa.  Sugiro a colocação de mais bancos de madeira, que embelezam e são um convite ao descanso após uma boa caminhada — sugeriu Claudia.  

Uma agenda de shows marcou a entrega do espaço á população. Os grupos Pietá, Kosmo Coletivo Urbano, Pandeiro Repique Duo e Aline Paes chamaram a atenção dos visitantes que circulavam pelo parque, das 10h30 ás 17h.  Caminhões food-truck foram autorizados a participarem do evento. 

— É muito legal a gente estar inaugurando o Parque das Figueiras, plantando cultura.  Tomara que essa semente floresça e cresça — destacou a cantora Juliana Linhares, vocalista do grupo Pietá.  

As obras do parque foram realizadas em duas fases. A primeira foi concluída em 2015 e incluiu a demolição das áreas da Estação do Corpo e da Boate Praia, drenagem, iluminação e a pavimentação. Técnicos da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (Seconserva)  nivelaram e asfaltaram toda a área, com a supervisão e parceria da Empresa Olímpica Municipal (EOM). 

Em 2015, o terreno foi utilizado para a montagem de estruturas do evento-teste de remo. A área foi entregue ao Comitê Olímpico Internacional (COI) em abril de 2016, conforme estabelecido no cronograma, para início das montagens do overlay de apoio as operações do OBS (Olympic Broadcast Service) e das demais instalações temporárias de apoio aos atletas e às equipes técnicas. O terreno devolvido à prefeitura em outubro de 2016. A partir daí, a Seconserva iniciou a implantação de bancos, canteiros e outros equipamentos.  

Além do Parque das Figueiras, a área do Baixo Bebê — utilizada como infraestrutura do partidor da competição do remo — também sofreu uma adaptação no retorno de veículos, para atender aos requerimentos para os Jogos Olímpicos. Consolidando a implantação do novo desvio dos automóveis, de forma a constituir-se como um legado, foi elaborado um estudo para ampliação da área de jardim e de recreação infantil neste trecho da orla da Lagoa.  

Parque Radical — O projeto inicial para o terreno da antiga Estação do Corpo, conforme divulgado, previa um Parque Radical. No entanto, diante do legado olímpico disponibilizado para os cariocas na Zona Oeste, o Parque Radical de Deodoro, a proposta para a região da Lagoa Rodrigo de Freitas perdeu a funcionalidade, já que iria competir em termos de atrativos com uma instalação olímpica. Sendo assim, a Secretaria de Conservação optou por entregar um novo parque público aos cariocas sem a característica radical. Uma área de lazer voltada para o esporte e para a família.