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Obra do Coletor Tronco Cidade Nova evita desperdício de água

Escolha de um método não destrutivo de construção reduz o consumo em 85%

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A construção do Coletor Tronco Cidade Nova consegue vencer um grande desafio comum a grandes empreendimentos: o desperdício de água. Toda a obra teria um consumo inicial de cerca de 37,5 milhões de litros de água. A escolha de um método não destrutivo de construção com a utilização do Shield, equipamento usado para perfuração do solo, e a adoção de um sistema de deságue de lama, proveniente da escavação, permite uma economia de 85% do volume no consumo de água originalmente previsto.

Durante o processo, a bomba injeta continuamente uma solução com água na frente do Shield enquanto é feita a perfuração do solo, evitando que as lâminas do equipamento superaqueçam com o atrito.  

O material é removido até a superfície, por meio de um sistema hidráulico, onde inicialmente toda essa água passa por um processo de separação por sedimentação em tanques. Em seguida, a lama é inserida em grandes bolsas geotexteis, onde a água é escoada e o material sólido é retido. Assim a água pode ser reaproveitada no próprio processo de escavação.

Saneamento

O Coletor Tronco Cidade Nova terá um total de 4,2 quilômetros de dutos para a captação de esgoto que, hoje, é lançado diretamente no Canal do Mangue. Serão dois quilômetros de extensão com dutos de 1,5 m de diâmetro e outros 2,4 quilômetros de extensão com 1m de diâmetro, que captarão o esgoto sanitário de parte da Cidade Nova, Centro, Catumbi, Rio Comprido, Estácio e Santa Teresa. 

O esgoto sanitário será enviado para tratamento na Estação de Tratamento de Esgoto de Alegria, a ETE Alegria. De acordo com dados referentes a 31/8/2016, já foram escavados e instalados 1.008 metros de dutos.

Menos impacto e mais segurança

Para reduzir o impacto da instalação de dutos em uma área densamente povoada e com trânsito pesado, o consórcio CT Cidade Nova utiliza o Shield.  O equipamento escava a terra por baixo do asfalto por meio de método não destrutivo, instalando a tubulação sem barulho e poeira, nem transtorno para quem está na superfície. Além disso, a segurança é maior para toda a obra.

Os Shields possuem diâmetro que variam de 0,3 a 2,0 metros e são voltados para execução de tubulações subterrâneas, que tradicionalmente seriam executadas em trincheiras a céu aberto, poupando a superfície e preservando o meio ambiente. Outro diferencial é que a tecnologia cruza obstáculos intransponíveis pelo sistema tradicional, como, por exemplo, vias de grande tráfego, linhas férreas e edificações, cujo remanejamento demandaria custos maiores. Hoje, há somente 30 Shields em operação no Brasil.

As obras do Coletor Tronco Cidade Nova são parte do Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (PSAM), criado em março de 2012 por meio de um contrato de financiamento do Governo do Estado do Rio de Janeiro com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O programa tem a coordenação da Secretaria do Ambiente e o objetivo de ampliar o saneamento ambiental dos municípios do entorno da Baía de Guanabara, por meio de obras de saneamento básico e da criação de um novo modelo de governança para a Baía. A obra do coletor tronco está com 24% de avanço físico.