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Servidores da saúde de Duque de Caxias vão protestar contra parcelamento de salários

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Os médicos e outras categorias da saúde pública municipal de Duque de Caxias vão realizar uma manifestação pública, na próxima quinta-feira (27), a partir das 8 horas, na porta da Policlínica Hospital Duque de Caxias. Há cerca de quatro meses, o servidores estão recebendo os salários parcelados em até três vezes. 

"Tenho 28 anos de Prefeitura e nunca aconteceu isso. Somente neste governo", lamentou uma médica que preferiu não se identificar. 

O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SinMed/RJ) vai encaminhar denúncia ao Ministério Público, relatando todas as mazelas do setor de saúde, além de cobrar da Prefeitura de Duque de Caxias uma satisfação sobre a falta de condições dignas de trabalho, prontuários incompletos e parcelamento de salários. As medidas foram aprovadas durante assembleia realizada no SinMed/RJ, no último dia 20. 

Segundo relatos, na Policlínica Hospital Duque de Caxias não existem prontuários médicos completos. "Cada vez que chega um paciente, que já se trata lá há anos, é aberto um novo prontuário. Isso prejudica o tratamento, pois não temos acesso ao histórico do paciente", relatou uma médica, também não identificada. 

"Já entregamos uma pauta de reivindicação ao sub-secretário municipal de Saúde, Antônio Russano, e agora vamos dar a chance ao governo municipal de se manifestar", alertou o presidente do SinMed/RJ, Jorge Darze. Caso as medidas não provoquem os efeitos esperados, o sindicato vai ajuizar uma ação para garantir condições dignas de trabalho, inclusive para que a desorganização referente aos prontuários seja corrigida. O SinMed/RJ convida todas as categorias da saúde (enfermeiros, técnicos, auxiliares e administrativos) para participar da manifestação. 

O Serviço de Atenção Especializada Infantil (SAE) foi iniciado no Hospital Infantil Ismélia da Silveira, em Duque de Caxias. De acordo com denúncias, o Ministério da Saúde realizou uma obra de ampliação e construiu dois consultórios, banheiro, e uma sala grande, onde eram feitas medicações venosas nas crianças. 

Em 2016, o programa foi transferido para o Centro de Saúde, em frente ao Hospital Ismélia da SilveiraComo é possível ver no vídeo, as macas e o lavatório não cabem nas novas salas, e ficam do lado de fora, tirando a privacidade dos pacientes durante a consulta.