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Prefeitura do Rio contratou empreiteiras de família de líder do PMDB sem licitação

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A relação entre a Prefeitura do Rio e empreiteiras em obras para a Olimpíada 2016 ganha ganhou mais um capítulo. Duas empresas da família do deputado André Lazaroni, líder do PMDB na Assembleia Legislativa do Rio, foram contratadas para lidar com obras olímpicas em atraso, em contratos de mais de R$ 100 milhões.

As construtoras Zadar e a Engetécnica, então, passaram a ser as responsáveis pela finalização do Centro Olímpico de Hipismo e do Velódromo, que pertencem a Paulo Roberto Moraes, pai do deputado Lazaroni. A Empresa Olímpica Municipal informou que as empreiteiras apresentaram as melhores propostas. 

Vereadores do Rio já vinham denunciando problemas em licitações para as obras dos Jogos 2016, e têm se empenhado para efetivamente iniciar uma CPI das Olimpíadas, que segue sob impasse. Eles alertam, por exemplo, que construtora da ciclovia Tim Maia, que desabou no dia 21 de abril causando pelo menos duas mortes, esteve envolvida em outros casos questionados pela Justiça e tem prioridade em concorrências. Para eles, toda a gestão dos últimos anos precisa ser "passada a limpo".

As empreiteiras que tinham ficado responsáveis pela arena tinha vencido concorrência, não conseguiram lidar com os prazos, que permanecem apertados agora com as empresas da família do líder do PMDB, e ainda preocupam a organização. 

O Centro Olímpico de Hipismo teve as arquibancadas instaladas a menos de um mês para os Jogos Olímpicos. O Velódromo, por sua, vez, também atrasado, recebeu atletas em junho, que elogiaram a estrutura, mas reclamaram da poeira da obra.

As duas empreiteiras fazem parte do grupo Riwa. O vínculo entre a família do deputado e a Engetécnica foi revelada pelo telejornal SBT Rio, e com a Zadar pela Folha. 

>> Ciclovia da morte: vereadores querem passar gestão da Prefeitura a limpo