ASSINE
search button

Rio de Paz cobra do Governo apoio às famílias de jovens mortos por PMs

Compartilhar

O Rio de Paz, filiado ao Departamento de Informação Pública (DPI) da Organização das Nações Unidas (ONU), fez um protesto pacífico no enterro dos cinco jovens mortos por policiais militares em Costa Barros, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Com cartazes com os nomes das vítimas e uma bandeira do Brasil de 2 metros com 50 furos, o Rio de Paz pretende alertar sobre a condição degradante de cidadania dos fluminenses, constantemente alvo da violência urbana.

Segundo Antônio Carlos da Costa, fundador do Rio de Paz, o que houve em Costa Barros é sintomático de uma cultura de guerra, presente nas forças policiais brasileiras, que de tão obcecadas em matar o bandido, esquecem-se da vida dos civis inocentes. “O Rio de Janeiro não suporta mais a cultura do "não se faz omelete sem quebrar os ovos". Somente este ano, cinco crianças morreram em troca de tiro entre policiais e bandidos”.

Para o Movimento, não basta punir o policial que pratica esse tipo de crime. É necessário também responder perguntas urgentes: quem é responsável por enviar policiais despreparados para as ruas do Rio de Janeiro? Quem estimula a cultura de guerra, que lá na ponta leva à morte de tantos civis e policiais? O que vai mudar na segurança pública do Rio com mais esse crime?

Antônio Carlos destaca o papel do Governo no auxílio aos familiares das vítimas. “O Governo do Estado do Rio de Janeiro tem a obrigação de procurar os familiares das vítimas, oferecer o apoio que for necessário e pagar a indenização pertinente”, ressalta.

No dia 10 de dezembro, o Rio de Paz fará uma homenagem aos policiais mortos em 2015, na Praia de Copacabana. Para a ONG, as condições de trabalho os tornam, muitas vezes, vítimas da sua própria condição.