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Cinco policiais da UPP são afastados após morte de menino no Caju

Herinaldo, de 11 anos, foi atingido na cabeça

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A polícia afastou das ruas e recolheu as armas de cinco PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP)  do Caju, no Rio, envolvidos na morte do menino Herinaldo Vinícius da Santana, de 11 anos, atingido com um tiro na cabeça, na tarde de quarta-feira (23).

Eles prestaram depoimento na sede da Divisão de Homicídios (DH) da Capital e foram afastados das ruas pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP). Os parentes do menino também prestaram depoimento.

A Polícia Militar determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o crime.

A mãe dona do Herinaldo, Damiana, passou mal no IML, onde o corpo estava, e acabou indo embora, deixando amigos e familiares para fazer a liberação do corpo.

O enterro está marcado para esta quinta-feira à tarde, no cemitério do Caju.  

A Secretaria Municipal de Educação informou que 1.073 alunos de uma escola, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) ficaram sem aula nesta manhã. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, 135 alunos do Colégio Estadual Jornalista Maurício Azêdo também tiveram as aulas suspensas.

Segundo moradores, Herinaldo saiu correndo de um beco onde brincava para comprar uma bolinha de pingue-pongue quando foi atingido.  A UPP do Caju informou que não havia operações na comunidade no momento em que a criança foi baleada.

O menino foi socorrido por moradores e levado pra Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Maré. A coordenação da unidade disse que Herinaldo chegou por volta das 16h, mas não resistiu aos ferimentos.

Em protesto, os moradores fecharam a pista lateral da Avenida Brasil, no sentido Zona Oeste, na altura de Benfica. As manifestações continuaram pela Linha Vermelha, no trecho do Caju, que também chegou a ser fechada. O trânsito ficou lento na região. A polícia reforçou o policiamento no local.