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MPE vai reabrir caso Amarildo para investigar presença do Bope na Rocinha

Câmara de segurança revela comboio do Bope em ação suspeita no dia do crime

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O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPE) vai reabrir as investigações do Caso Amarildo, o ajudante de pedreiro desaparecido e dado como morto pela Justiça que condenou policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, pelo crime ocorrido no dia 14 de julho de 2013. O MPE quer apurar a entrada de quatro caminhonetes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na comunidade na noite do crime.  

De acordo com a reportagem do Jornal Nacional exibida nesta segunda-feira (22/6), serão avaliadas novas imagens de uma câmera de segurança instalada nas proximidades da UPP da Rocinha, que mostra 10 homens do Bope em ações suspeitas. Os peritos vão analisar ainda um suposto volume em uma das caminhonetes quando o veículo deixa a comunidade com quatro agentes na parte traseira. A câmera fica localizada em ponto estratégico, na única via do lugar que leva até a sede da UPP.

As cenas gravadas aconteceram  cerca de cinco horas após Amarildo ser encaminhado por PMs até a sede da UPP na Rocinha para prestar depoimento. Na época, o então comandante da UPP, major Edson Santos, afirmou que havia pedido reforço do Bope, em função de um possível ataque à base da PM. No entanto, o MPE investigou que este ataque não é citado em nenhuma escuta analisada.