Os moradores do bairro do Leme, Zona Sul, conquistaram uma
vitória definitiva na luta contra a implantação da terceira linha do
teleférico, que ligaria o morro do Leme ao morro da Urca. Após mais de um ano
de batalha, o projeto de Lei 41/2013 de autoria do vereador Paulo Messina (SDD)
foi aprovado na câmara municipal, no último dia 16 de maio. Para valer a
aprovação na câmara, o projeto precisava da sanção final do prefeito Eduardo
Paes (PMDB), o que aconteceu quase que ao apagar das luzes. O que antes era o
Projeto de Lei 41/2013, agora passa a ser a lei 5.865 de 11 de junho de 2015.
Desde o início da luta contra a instalação do bondinho, o prefeito se mostrou ao lado dos moradores do Leme. O que assustou os integrantes do movimento ‘Salvem o Leme’, foi a demora do prefeito para assinar o documento. Porém o susto passou e a vitória chegou. Não haverá uma linha teleférica no morro do Leme.
Para os moradores do bairro, a vitória foi mais do que uma simples implicância com o projeto. A instalação do bondinho se daria em uma área de proteção ambiental, que recentemente foi tombada como patrimônio histórico natural.
Segundo Plínio Senna, membro do Conselho Gestor das APAS e do movimento Salvem o Leme, uma das grandes vitórias é a mudança de discurso dos populares, além de integração que o movimento gerou aos diversos grupos sociais que existem na região.
“No início, o que mais ouvíamos nas ruas era: “não adianta lutar”, “é assim, mesmo”, “quando resolvem, fazem mesmo, de qualquer jeito!”. Mas, aos poucos, o grupo foi crescendo, e o discurso mudou. A integração entre diversos grupos sociais da região se fez, e, talvez, daí saia uma nova associação de moradores para o Leme”, comemorou Senna.
“Qual era a necessidade de implantar um teleférico que iria mudar completamente o estilo de vida dos moradores do bairro, se já existe uma trilha em meio à natureza que leva os visitantes ao alto do morro - local onde seria instalada a estação - que é de graça durante as terças-feiras. Nos outros dias da semana é cobrado um valor simbólico de R$ 4?”. Alertou o morador Ricardo Magalhães.