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Bombeiros ameaçam entrar em greve e fechar aeroportos do Rio

Profissionais reivindicam aumento salarial e do ticket refeição

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Os bombeiros de aeródromo - responsáveis pelos aeroportos - protestaram na manhã desta quinta-feira (7) na frente da Alerj pedindo aumento salarial e do vale-refeição. Um dos participantes do protesto, Ednelson Gouvea, 41, explicou que existe um grupo em reunião com o Ministério do Trabalho e, caso não sejam aprovadas as mudanças pedidas pelo grupo, os aeroportos do Rio de Janeiro - Galeão, Santos Dumont e Cabo Frio - deixarão de funcionar.

"Estamos reivindicando melhoria salarial para a categoria de bombeiros de aeródromo, e o aumento do nosso ticket, que é R$ 90 por mês. Achamos isso indigno", afirmou Ednelson Gouveia. Ele ainda contou que os bombeiros de outras categorias tiveram reajustes salariais, mas os responsáveis pelos aeroportos ficaram de fora porque não foram reconhecidos pela categoria. "Caso nós não cheguemos a nenhuma decisão favorável, a nossa ideia é parar os aeroportos, porque eles não podem funcionar sem os bombeiros."

"Nosso vale-refeição não dá nem para comermos uma coxinha por dia, que dirá almoçar", reclamou o bombeiro Marcelo Correia, 45. "Nós ganhamos um piso bem abaixo do que a profissão exige, não temos seguro de vida, plano de saúde e nós estamos aqui. Aderimos ao movimento ordeiro e pacífico para tentarmos condições melhores", explicou.

Os bombeiros presentes na Alerj ainda explicaram que, caso haja alguma represália com algum dos participantes do movimento, que segundo eles não possui nenhum líder, todos estão dispostos a entregar os próprios crachás e pedir demissão em conjunto.

A Agência Nacional de Aviação (Anac) informou que não responde por questões trabalhistas dos bombeiros de aeródromo. Além disso, o Corpo de Bombeiros informou que não reconhece os profissionais e, portanto, também não possui informações. O JB encontrou as empresas responsáveis pelos profissionais, a Sermacol informou que não sabia da existência de uma manifestação ou possível greve dos funcionários e o responsável pela Falck Fire não pode responder no momento, mas irá falar com o Jornal do Brasil.

* do projeto de estágio do JB