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Inca inaugura grafite contra o tabagismo no Rio

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O Instituto Nacional do Câncer (Inca) aproveitou o Dia do Grafite, hoje (27), para lembrar dos malefícios do cigarro. Na lateral do prédio que fica na zona portuária, no Rio de Janeiro, inaugurou um painel de 400 metros quadrados com uma cena do livro Zé Ninguém, do grafiteiro nova-iorquinho Tito. A cena é da primeira história em quadrinhos do mundo criada nas ruas.

“A história do Zé Pequeno não tem final feliz, mas essa é uma adaptação para falar às crianças. Achei um jeito leve e divertido de fazer o alerta sobre o cigarro”, disse Tito, que vive no Brasil há 11 anos e espalhou cenas de seu livro por todo o Rio. A saga de Zé Pequeno, personagem principal, começa na rodoviária, de onde parte em busca de seu grande amor, Ana.

O grafiteiro diz que procurou usar elementos da realidade infantil para mostrar como o cigarro é tóxico. “O vilão do livro tem um robô que usa como arma um maço de cigarro. Em uma hora, ele [sem querer] solta a fumaça de cigarro e 'prova do próprio veneno', que é o veneno do cigarro” conta Tito, alertando para letalidade do tabagismo.

O cigarro é responsável por cerca de 30% das mortes por câncer, sendo 200 mil só no Brasil. É considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável no mundo e está relacionado a mais de 50 doenças, como a impotência sexual e infertilidade masculina.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o número de fumantes está em queda. O levantamento Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), mostra que o número de fumantes caiu para 11,3% da população. O percentual era três vezes maior no final da década de 1980. A meta do ministério é chegar a 9% até 2022.