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MP faz operação de combate ao tráfico na região serrana

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro deflagou, nesta sexta-feira (19), a operação Mandrake com o objetivo de prender criminosos envolvidos com tráfico de drogas na Região Serrana do Rio. Ao todo foram expedidos 73 mandatos de busca e, até o momento, 19 pessoas já foram presas e uma morta. 

A operação foi organizada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (GAECO) em conjunto com a Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ (CSI/MPRJe a Coordenadoria de Inteligência da PMERJ. Está sendo feita também a busca dentro do Complexo Penitenciário de Bangu. A operação tem por objetivo desarticular o tráfico de drogas na região. 

As investigações que resultaram na operação aconteceram entre agosto e novembro e durante esse período foram efetuadas as prisões das chamadas mulas – pessoas responsáveis por fazer o transporte das drogas – que iam da capital do estado para Teresópolis. Os investigadores utilizaram escuta, autorizada pelo MP, para descobrirem o local que estaria o veículo utilizado no transporte. Após a reunião das informações, a denúncia foi feita pelo GAECO, 44 pessoas foram indiciadas, sendo dessas 11 presas por tráfico de drogas e formação de quadrilha.

De acordo com a denúncia recebida, os traficantes João Firme de Siqueira Filho, conhecido como “Coroa”, é chefe do tráfico em Teresópolis, e André Gonçalves, conhecido como “Gordão”, é chefe do tráfico na Providência. Eles decidiram unir as quadrilhas pertencentes à mesma facção com o objetivo de expandir e dominar a venda de drogas da região. As ações foram orquestradas de dentro do presídio no qual os dois estão encarcerados – cumprindo pena por tráfico de drogas. Um agente infiltrado flagrou a entrega de uma propina que variava entre R$ 1 mil e R$ 3 mil para que os policiais da Região Serrana não impedissem o avanço do tráfico.

O MP informou em entrevista que um dos métodos de transporte utilizado era esconder a pasta-base utilizada para desenvolver os entorpecentes dentro dos órgãos sexuais de mulheres. As buscas estão sendo realizadas nas comunidades de Quinta Lebrão, Fonte Santa e Álvaro Paná, em Teresópolis; e na Providência, Mangueira e no morro de São João do Complexo do Lins. Os mandados de prisão foram expedido pela juíza Myriam Therezinha Simen Rangel Cury, da Vara Criminal de Teresópolis.