Na manhã desta quinta-feira (15), um protesto feito por aeroviários e aeronautas, paralisou o check-in do aeroporto Santos Dumont, no Rio. Segundo a Polícia Militar, mais de cem trabalhadores participaram do ato, que tem como objetivo chamar a atenção das empresas aéreas para as reivindicações dos integrantes da classe.
Os manifestantes pedem que seja feito um reajuste de 11% nos vencimentos, a criação pisos para agentes de check-in, vale refeição de R$16,65 para os que cumprem carga horária de 6h diárias, e de R$22,71 para os demais. Além disso, pedem também uma cesta básica no valor de R$326,67 para os aeroviários, creche e/ou escola de educação infantil para filhos e novo número mínimo de folgas mensais. De acordo com os manifestantes, a única coisa que foi oferecida pelos patrões foi um reajuste de 6,35%.
Durante o protesto, os manifestantes fecharam uma das vias de acesso ao aeroporto por volta das 9h40, e causou lentidão no trânsito do local.
Segundo o sindicato, com o aumento da movimentação causada pelas férias de verão, as empresas aumentam a carga horária dos funcionários ao extremo, o que pode trazer prejuízos à saúde dos aeronautas. Na última semana, um piloto se recusou a prosseguir com um voo alegando excesso de cansaço. A viagem foi remarcada e os passageiros tiveram que ser encaminhados a hotéis. O sindicato alega que o cansaço pode causar acidentes, inclusive a queda da aeronave.
No começo da manhã, o check-in das companhias Gol, TAM, Avianca e Azul ficaram fechados por cerca de duas horas.
A administração do aeroporto Santos Dumont informou que a manifestação não causou interferência no embarque e desembarque dos passageiros. Além disso, não houve também atrasos ou cancelamentos de voos.