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Políticos comentam presença de Sérgio Cabral em lista de esquema da Petrobras

Ex-governador foi um dos que teriam sido apontados por ex-diretor da estatal à PF

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Matéria publicada pela revista Veja neste sábado (6) apontou o nome de Sérgio Cabral entre outros governadores, senadores e deputados que podem estar na delação premiada feita na Polícia Federal pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. A notícia teve grande repercussão no país, com políticos do Rio de Janeiro comentando a gravidade do caso. 

>> 'Veja': Paulo Roberto começa a revelar nomes de esquema

Um deles foi o candidato ao governo do Rio, Anthony Garotinho (PR) comentou em publicação na internet que, desde ontem à noite, a notícia teria sido responsável por causar barulho na campanha do atual candidato à reeleição, e ainda falou sobre a situação do ex-governador. "Agora é que Cabral não volta para o Brasil tão cedo. Sabe que sem foro especial pode ir para trás das grades a qualquer momento. O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro responsável pelo processo da "Operação Lava Jato" pode decretar sua prisão."

O candidato Marcelo Crivella (PRB), por sua vez, registrou em sua conta no Twitter na tarde deste sábado: "Sou ficha limpa, mas não estou aqui para julgar ninguém."

De acordo com a revista Veja, Paulo Roberto também esmiúça em seus depoimentos a lógica que predominava na assinatura dos contratos bilionários da Petrobras. Ele teria admitido, pela primeira vez, que as empreiteiras contratadas pela companhia tinham, obrigatoriamente, que contribuir para um caixa paralelo, cujo destino final eram partidos e políticos de diferentes partidos da base aliada do governo. Teria afirmado ainda que o operador encarregado de fazer a ponte com o esquema era o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto. 

A delação premiada de Paulo Roberto Costa é sigilosa. O Supremo Tribunal Federal já recebeu os documentos com as declarações de Costa à PF em Curitiba. Caberá ao ministro Teori Zavascki homologar ou não o acordo.

Costa decidiu fazer a delação premiada no último dia 22, depois que a Polícia Federal fez buscas em empresas de suas filhas, de seus genros e de um amigo dele, todas no Rio de Janeiro. Em uma das empresas, a Polícia Federal encontrou indícios de que Costa tem várias contas no exterior.

Ele foi responsável pela obra mais cara da Petrobras, a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujo preço final pode ultrapassar R$ 40 bilhões. Segundo a Polícia Federal, os contratos eram superfaturados e o sobrepreço era repassado pelas empreiteiras ao doleiro Alberto Youssef.