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Copacabana Palace deve prestar esclarecimentos à Justiça na fuga de Whelan

Promotor do caso disse que para as autoridades o hotel não poderá sonegar informações

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As condições de fuga do diretor da Match Hospitality, empresa parceira da Fifa, acusado de integrar a quadrilha internacional de cambistas que vendia ilegalmente ingressos para a Copa do Mundo, Raymont Whelan, do hotel Copacabana Palace, na Zona Sul do Rio de Janeiro, será avaliada pelo Ministério Público Estadual. Segundo o promotor responsável pelo caso, Marcos Kac, o hotel deve ser questionado sobre a estadia de Whelan. 

O Jornal do Brasil entrou em contato com o Copacabana Palace na manhã desta sexta-feira (11/7), pedindo informações sobre a forma de pagamento da estadia do executivo da Match, se a conta havia sido paga por pessoa física ou jurídica. No entanto, o hotel se negou a prestar qualquer esclarecimento. Kac disse que, para as autoridades policiais e Justiça o hotel não poderá sonegar informações. "Senão estariam inseridos em um crime capitulado na própria Lei de Organização Criminosa". destacou o promotor. Tradicional e luxuoso hotel localizado em uma das regiões mais valorizadas do Rio, o Copacabana Palace faz parte de um grupo estrangeiro que tem sede em Londres e capital aberto em Nova York e, atualmente, hospeda a cúpula da Fifa para o Mundial. 

Polícia Civil do Rio acredita que tenha havido vazamento de informação que facilitou a fuga de Ray Whelan do hotel Copacabana Palace, após a sua prisão ser decretada pela Justiça, na tarde desta quinta-feira (10/7). Whelan está envolvido com a venda ilegal dos ingressos da Copa no mercado negro internacional e foi indiciado pelos crimes de  cambismo e associação criminosa. Um vídeo gravado pelos policiais mostra que Whelan abandonou a sua suíte no hotel às pressas, deixando a televisão ligada e as malas sob a cama.