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Servidores da Cultura continuam em greve, mesmo com corte de ponto

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Após o corte de ponto dos servidores em greve na área da Cultura, o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro (Sintrasef) realiza uma assembleia, no Palácio Capanema, Centro da cidade, para discutir os rumos da paralisação. O Ministério da Cultura e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) determinaram o corte de ponto dos faltosos . À noite, na sede do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe), no Centro do Rio, as duas categorias se reúnem para programar um ato unificado.

 >>Greve da cultura: servidores são ameaçados com corte de ponto

Os servidores estão sendo ameaçados com corte de ponto pelas entidades. Segundo Izabel Costa, do Comando de Greve, nesta segunda-feira (16) saíram as prévias dos contra-cheques dos servidores: Minc e Ibram cortaram os salários. "Funarte, Biblioteca Nacional e Iphan não tiveram essa posição ainda. A decisão será oficializada na próxima quarta-feira, mas pela nossa experiência, os pontos serão realmente cortados e assim que for homologado, vamos recorrer", comenta. 

"Como vem acontecendo, a postura do governo é abrir museus para os turistas, não levando em conta as questões mesmo com foco no cidadão, do orçamento e estrutura física dos espaços, que são nossas preocupações", completa. 

O Ministério do Planejamento, que negocia com os servidores federais, anunciou semana passada que "por conta de acordo coletivo que dura até 2015, não haverá nenhuma negociação que gere impacto financeiro". O Minc informou que o Ministério da Cultura já se posicionou sobre a questão: "por determinação do Ministério do Planejamento, em ofício recebido no dia 19 de maio, o ponto dos servidores grevistas será cortado". 

Os grevistas fizeram um abaixo-assinado, que os servidores da Cultura enviarão à presidente Dilma Rousseff pedindo a abertura das negociações. A cultura vem entrando em greve sistematicamente (2004, 2007 e 2011), sempre com as mesmas questões: reajustes salariais, a implantação de um plano de cargos e incorporação de gratificações. 

Dessa vez, o principal pedido dos grevistas é o cumprimento de acordos feito em 2005, 2007 e 2011, que implementam um plano de carreira. Eles também querem maior investimento na cultura. Segundo os próprios grevistas, o histórico de cumprimento de acordos do governo não é bom. Por exemplo, o Plano Especial de Cargos da Cultura e Gratificação Específica de Atividade Cultural,  instituído pelo projeto de Lei 11.233, de 2004, nunca foi cumprido. Por isso, os grevistas querem que se crie um projeto de lei urgente ou uma emenda constitucional que sirvam como garantias de que o plano de carreira será implementado.

Do projeto de Estágio do JB