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Os 'césares' do Rio, uma cidade em chamas

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Enquanto Copacabana vive uma noite de pânico com protestos na comunidade do Pavão-Pavãozinho,  Niterói  enfrenta onda de criminalidade, traficantes são presos em Búzios, e confrontos nos complexos da Maré, do Alemão e na Rocinha deixam a população à mercê das balas de fuzis, a grande mídia ainda insiste em tratar comunidades do Rio como “pacificadas”. Mais parece um cínico deboche com o carioca.

 O Rio está longe de estar pacificado, as comunidades do Rio estão longe de viver momentos de paz. Pelo contrário. Estão incendiadas pela violência, pela criminalidade e pelos abusos que o poder público não consegue aplacar.

Chega a ser patético o apelo tardio e irresponsável do prefeito de Niterói,  pedindo solução para as autoridades de segurança depois que a onda de criminalidade já deixou vitimas na cidade. Após a porta arrombada, não adianta pôr tramela.

Essa providência atrasada merecia, por parte dos que tiveram parentes mortos, uma ação contundente. Uma ação contra esta autoridade que reconhece que não tinha competência para administrar.  Os mortos não voltarão, e seus familiares chorarão a perda pelo resto de suas vidas.

Uma charge de um dos maiores chargistas do país resume, nesta quarta-feira, o momento que o Rio vive. Um aflito Cristo Redentor aparece num ambiente sombrio, cercado por chamas e fumaça negra, ao lado do Maracanã.

De fato, o Rio está em chamas, assim como a Roma de César.  E esses senhores, que souberam comemorar quando a cidade conquistou o direito se sediar a Olimpíada, não têm competência para impedir que a cidade se incendeie e revele para o mundo, às vésperas de receber eventos mundiais, sua verdadeira realidade.