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Trabalhadores de obras para Olimpíadas no Rio decidem continuar em greve

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Os trabalhadores de grandes obras para as Olimpíadas Rio 2016, como a Linha 4 Sul do metrô, Transolímpica, Transcarioca, Porto Maravilha e recuperação do Estádio João Havelange, o Engenhão, entre outras, decidiram em assembleia, nesta quinta-feira (10) à tarde, permanecer em greve até a próxima segunda-feira, quando haverá nova rodada de negociação com o sindicato patronal, na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ).

Os trabalhadores fizeram uma contraproposta, que será levada à mesa de negociação. Eles reduziram o reajuste salarial de 10% para 9%, retroativo à data-base da categoria, que é 1º de fevereiro, vale refeição no valor mensal de R$ 300, além de redução no pagamento da hora extra, de 100% para 80%, de segunda a sexta-feira.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro, Nilson Duarte Costa, cerca de 25 mil trabalhadores estão de braços cruzados nas obras. "Nós fizemos essa contraproposta, reduzindo em 1% o reajuste salarial, além do pagamento da hora extra. Caso os patrões aceitem, nós voltamos imediatamente ao trabalho".

Já o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada/Infraestrura, (Sinicon), Rodolfo Tourinho Neto, disse que mantém a proposta apresentada ontem (9), no TRT-RJ, de reajuste de 9% para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, o reajuste será de 7%; e acima desse valor, o reajuste será de 5,26%, referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses.

Segundo Tourinho Neto, o sindicato chegou ao limite, e "não vamos aceitar a contraproposta feita pelos trabalhadores. Eles aceitaram a proposta que nós fizemos anteriormente, no tribunal, e agora apresentam um novo valor. Não temos condições de aceitar".