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Pezão assume governo do RJ e promete investimento em saúde e infraestrutura

Ex-governador Cabral renunciou nesta quarta-feira (3). Posse ocorreu sexta (4) no Palácio Guanabara.

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Durante a cerimônia de transmissão do cargo de governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que substitui Sérgio Cabral, enumerou em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (4), algumas das medidas prioritárias, entre elas, saúde, infraestrutura e segurança, nos próximos nove meses de gestão.

Pezão afirmou que fará investimentos na área de tecnologia ao iniciar um processo de implementação do que chama de "estado digital", levando internet banda larga a municípios mais afastados. “Se ficarmos apenas esperando, essas cidades que estão nos extremos vão sofrer um atraso tecnológico gigantesco”, pontuou.

Na área da saúde, Pezão manifestou o desejo de reabertura completa da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro que, de acordo com o novo governador, conta hoje com mais de 600 leitos fechados.

Pezão afirmou ainda que o governo já conta com R$ 3 milhões em empréstimo do Governo Federal para as obras de conclusão da Linha 4 do metrô e que contará com outros R$ 3 bilhões para as obras de construção da estação de tratamento de água Guandu II, sendo R$ 1,6 bilhão somente para redes e reservatórios.

Quanto aos servidores públicos, o governador declarou que irá trabalhar para dar total apoio à classe. “Não se faz desenvolvimento dentro do estado se o servidor público não estiver valorizado. É a melhor ferramenta para atender a população”, afirmou.

Pezão declarou ainda a necessidade de investimentos na Baixada Fluminense, onde, segundo ele, 66% das ruas não são asfaltadas, e afirmou que irá defender as políticas públicas de pacificação.

Cabral relembra feitos do governo em cerimônia de posse

A cerimônia teve início às 10h30 desta sexta-feira (4) no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, e contou com um longo discurso do ex-governador Sérgio Cabral, que renunciou ao cargo na última quinta-feira (3). Cabral assinalou feitos que, segundo ele, foram realizados em sua gestão, mas reconheceu que ainda há muito que se avançar no Rio de Janeiro.

“O Rio de Janeiro ganhou respeitabilidade nacional e internacional”, afirmou Cabral, citando dados como a atração e criação de mais de 27 mil empresas nos últimos anos e o calendário de eventos da cidade.

Cabral fez questão de agradecer ao Governo Federal, e citou o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff. “Olhamos para a frente, demos as mãos ao Governo Federal”, afirmou.

No campo da educação, Cabral fez questão de enumerar projetos envolvidos com a gestão de Pezão na secretaria de infraestrutura e Planejamento, como a construção das bibliotecas Parque de Manguinhos, Parque da Rocinha e a recém-entregue Parque Estadual, no Centro do Rio. O ex-governador afirmou que há mais de 20 anos não se construía um colégio de nível médio na cidade do Rio de Janeiro e que, só neste ano, 50 unidades já foram feitas.

Cabral citou ainda episódios como a batalha pelos royalties do petróleo e elogiou a procuradoria do Rio de Janeiro pela pressão a favor da união de casais homossexuais. “Que país é esse que não reconhece direitos civis e individuais?”, questionou.

Ainda sobre minorias, o ex-governador declarou também ter orgulho de o Rio de Janeiro ter sido o primeiro estado no Brasil a estabelecer cotas em concursos públicos para negros e índios. E lamentou: “Existe preconceito sim”.

O discurso de Cabral foi encerrado com agradecimentos à população do Rio de Janeiro e a cerimônia seguiu com o governador Pezão, que garantiu ter consciência do trabalho que terá pela frente. “É prazeroso, mas não é fácil ser governador do Rio de Janeiro”, disse o recém-empossado governador.