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No Galeão, Dilma lembra de volta de exilados e se emociona: "Aqui, a alma canta"

Presidente cita Tom Jobim durante assinatura de contrato de concessão de aeroporto do Rio

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Ao fazer pronunciamento durante assinatura dos contrato de concessão do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim/Galeão, do Rio de Janeiro, a presidenta Dilma Rousseff se emocionou, quando lembrou da canção do músico que dá nome ao aeroporto. "Aqui, as almas cantam", disse, citando o Samba do avião, de Tom Jobim, e fazendo uma referência aos exilados que voltavam ao país chegando no aeroporto do Rio. "Por isso mesmo, esta concessão é tão importante."

Segundo a presidenta, além de homenagear o aeroporto Galeão, a canção de Tom Jobim também é uma “homenagem aos exilados”, que voltaram depois da anistia. “É uma síntese perfeita do que é a saudade do Brasil, a lembrança do Brasil e, melhor de tudo, voltar ao Brasil, chegando no Galeão”, disse, chegando às lágrimas.

De acordo com Dilma, a concessão do Galeão à iniciativa privada é fundamental para atender ao desafio de aumento da demanda dos brasileiros por viagens aéreas. “É um aeroporto fundamental não só para o turista estrangeiro, mas para o brasileiro. E ele tem que fazer jus a essa Cidade Maravilhosa”, disse Dilma.

Formado pelas empresas Odebrecht e Transport (com participação de 60%) e pela operadora do Aeroporto de Cingapura Changi (40%), o consórcio será responsável pela administração do aeroporto pelo prazo de 25 anos.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o contrato exige que a concessionária construa 26 pontes de embarque e amplie o pátio de aeronaves até 30 de abril de 2016, construa estacionamento com capacidade mínima para 1.850 veículos até o fim de 2015 e adeque as instalações para o armazenamento de carga (até os Jogos Olímpicos de 2016).

>> Dilma visita obras da linha 4 do metrô no Rio

Apesar da concessão, continua a cargo da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária a conclusão das obras que já estão em licitação, já foram contratadas e estão em andamento. Assim, cabe à empresa pública, entre outras ações, ampliar o terminal de aviação geral, reformar e ampliar o Terminal de Passageiros 1, a pista de pouso e o pátio de aeronaves, além de adquirir mobiliário para o terminal de passageiros.

Ainda nesta quarta-feira (2), Dilma visitou as obras da Estação São Conrado do metrô carioca. Com investimentos do governo estadual, parte do financiamento para a Linha 4 do metrô conta com aportes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. De acordo com informações do banco, R$ 4,3 bilhões foram emprestados para o projeto, cerca da metade do custo do empreendimento.

A inauguração está prevista para 2016 e o trecho que liga a Barra da Tijuca (zona oeste) a Ipanema (zona sul) pretende transportar 300 mil pessoas diariamente. A nova linha terá seis novas estações e 16 quilômetros de extensão.

Com Agência Brasil