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Após ataques a UPPs, Forças Armadas ocuparão o Complexo da Maré

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Após reunião realizada na manhã desta segunda-feira (24) com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governador Sérgio Cabral anunciou que já foi aprovado, pelo governo federal, o pedido de implementação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Conjunto de Favelas da Maré, na zona Norte do Rio. 

A medida, que autoriza as Forças Armadas a ingressar nas comunidades da região para fazer a segurança, já foi assinada pela presidente Dilma Rousseff, mas será colocada em prática apenas quando o decreto for publicado no Diário Oficial da União. A decisão de usar apoio federal na segurança das comunidades foi tomada após ataques a Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) em Manguinhos, no Lins e no Complexo do Alemão, semana passada.

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Para Cabral, o domínio da região é de extrema importância para o estado, já que o Complexo da Maré está localizado em um ponto estratégico da cidade. "Esse é um passo decisivo na nossa política de avanço na segurança. Trata-se de uma área estratégica para o Rio, já que lá passam a Linha Vermelha, Linha Amarela e Avenida Brasil, uma área sensível", disse o governador.

Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não há um prazo para a ocupação do Complexo da Maré. “A ocupação vai durar o tempo que for necessário para o cumprimento dessa primeira etapa. Os prazos são sempre ajustados conforme a necessidade. A primeira etapa é a ocupação do espaço territorial, para que o terreno de pacificação seja criado. A presença do Estado no Complexo da Maré veio para não mais terminar, a exemplo daquilo que houve em outras comunidades do Rio de Janeiro", afirmou.

Ainda segundo Cardozo, as equipes técnicas das polícias Federal, Rodoviária Federal, da Força Nacional de Segurança e das Forças Armadas também se reuniram, na tarde de hoje, para acertar detalhes do planejamento da ação. Além do ministro da Justiça, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, participou da reunião, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro da cidade.

Nenhuma das autoridades presentes no encontro informou maiores detalhes sobre a operação, como a data da entrada das forças federais, o efetivo que será empregado e o papel de cada órgão no plano de ocupação traçado.