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Mais uma vítima da violência achada na Rocinha 

Gleice Oliveira, de 18 anos, foi achada morta nesta quarta (5)

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 Gleice Oliveira, uma jovem de 18 anos que saiu de casa na segunda-feira com o único intuito de se divertir acabou estrangulada e estuprada na Rocinha, em pleno Carnaval, voltando para casa. 

Quantos sonhos perdidos e um filho de 2 anos deixado sem o amor e os cuidado da mãe! A pacificação da Rocinha trouxe estupro e violência!

Estamos falando da Rocinha, comunidade que em pleno ano de 2014, não está vendo a paz prometida pelo governo do Rio de Janeiro. Os crimes e a violência só aumentaram. Gleice foi achada próximo do local em que a menina Rebeca, de apenas seis anos, também foi achada morta e violentada em outubro do ano passado.

No início era duro ouvir os moradores preferindo a época do tráfico, hoje, já não tenho mais discurso para defender a entrada do governo. O que será da vida do filho deixado? E o Amarildo? E a menina Rebeca de 6 anos, também morta e estuprada? 

Cadê o secretário de segurança? Cadê o governador? Esperamos explicação para mais um carnaval de mortes e violência na favela pacificada e de paz que tanto vejo nos comerciais? E a família, o que posso falar? Só posso lamentar e pedir o conforto de Deus para que consigam superar a barreira de tanto sofrimento. 

Luto pela menina Gleice Oliveira! A Rocinha pede paz! Fora a maquiagem de Cabral!

*Davison Coutinho, 24 anos, morador da Rocinha desde o nascimento. Bacharel em desenho industrial pela PUC-Rio, Mestrando em Design pela PUC-Rio, membro da comissão de moradores da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, professor, escritor, designer e liderança comunitária na Comunidade, funcionário da PUC-Rio.