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'El País' critica serviços e diz que Rio não está preparado para turistas

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As falhas na prestação de serviços no Rio de Janeiro foram abordadas pelo jornal El País em reportagem intitulada Rio, amá-lo ou odiá-lo. De acordo com o jornal, o Rio provoca “reações extremas”, já que possui uma “sofisticação natural”, embora não esteja preparado para receber turistas.

El País critica os caminhos básicos percorridos por alguém que vai conhecer a cidade, começando pelo táxi. Segundo a matéria, uma corrida para um turista custa, em média, 200 reais ou 85 dólares, dependendo do poder de barganha do visitante ou a vontade do condutor.

O texto também aponta a desigualdade da cidade, já que apenas atravessando o túnel Rebouças, há a oportunidade de verificar as diferenças entre a zona norte e a zona sul.

A matéria lembra que o governo do Brasil está se esforçando para melhorar os serviços da cidade para receber eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. O sistema de transporte público, segundo o jornal, avança com a criação da linha 4 do metrô, além da implantação dos corredores de ônibus que tornam a viagem mais rápida.

No entanto, a matéria aponta outros problemas, como o “déficit crônico” de hotéis no Rio. De acordo com o texto, hoje a cidade oferece em torno de 34.000 quartos e se a oferta é pequena, o preço aumenta.

As UPPs também foram alvo de crítica, embora, segundo o texto, tenham sido uma “estratégia plausível”: hoje, após mais de 200 favelas possuírem uma unidade pacificadora, o nível de criminalidade diminuiu, mas, nos últimos meses, houve um pico de violência.

O jornal conclui realçando que o Rio de Janeiro é muito mais do que uma “lista de tarefas” para o visitante e vai além do Cristo Redentor, Pão de Açúcar e Maracanã. A cidade está, por exemplo, em um café no Parque Lage, em uma exposição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em caminhadas por Santa Teresa e visitas ao Vidigal.