Os arredores do Maracanã se transformaram em "largas piscinas" na manhã desta quarta-feira, como definiu o morador Antônio Jorge Franco, 55 anos, 26 deles passados em uma casa em frente ao estádio no Rio de Janeiro. Apesar das obras feitas pela prefeitura para ajudar no escoamento da água, a região ainda sofre com alagamentos cada vez que chove mais forte na cidade.
"É o piscinão do Maracanã. Rezo todos os dias para que caia uma chuva assim durante a Copa do Mundo, quando o Maracanã estiver lotado. Quem sabe assim fazem alguma coisa para resolver isso de uma vez", reclama Franco. Nesta manhã ele e outros moradores procuravam evitar que a água, que chegou a subir mais de um metro no temporal da semana passada, chegasse dentro das casas.
De pé descalços e uma capa de chuva improvisada, Franco tentava orientar funcionários da prefeitura e regular a bomba instalada pelo condomínio da vila onde mora para que a água fosse escoada mais rápido. "Qualquer chuvinha mais forte a água já fica na altura da cintura", disse.
Poucos carros se aventuravam a passar pela rua Professor Eurico Rabelo, em frente aos portões 10 e 11 do estádio. Alguns subiam a calçada para evitar os bolsões de água formados pela chuva.
Coordenador de operações de um ponto de táxi no local, Antônio Machado, 70 anos, se esforçava para montar uma barraca de lona para se proteger da chuva. "Não adianta fazer obra e alagar assim. Quero ver na Copa", alertou.