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Começa protesto no Centro do RJ contra o caos na Educação

Truculência da Polícia Militar também é criticada

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Centenas de manifestantes já estão concentrados na Candelária, Centro do Rio, para uma passeata convocada pelo Facebook que pretendia reunir um milhão de pessoas. Além de professores, muitos alunos estão no protesto para apoiar a luta do magistério. 

A maioria veste camisas pretas. Segundo eles, a ideia é simbolizar o luto devido à aprovação, pela Câmara dos Vereadores (e sanção do prefeito Eduardo Paes), do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR), na semana passada.

Quatro pistas da Avenida Presidente Vargas, sentido Centro, foram fechadas agora há pouco, na altura da Central do Brasil. 

A passeata está sendo denominada “Um milhão nas ruas de novo, contra a política de educação de Eduardo Paes e Sérgio Cabral”.

A manifestação, desta vez não será apenas por cargos e salários, ou exclusivamente focada na pauta de reivindicações dos professores, mas principalmente em protesto pela truculência da Polícia Militar que na última passeata agiu com extrema e desnecessária violência contra os professores.

A passeata deverá seguir até a Cinelândia onde se pretende fazer um ato final em frente à Câmara de Vereadores. Embora esteja querendo reunir um milhão de pessoas, a página no Facebook conta com apenas 28 mil pessoas confirmadas para a manifestação.

Os organizadores poderão ter ainda outro problema para convencer os simpatizantes a comparecer ao protesto. Por conta dos vândalos que sempre estão presentes nessas manifestações, muitos deixam de ir com medo da violência devido à destruição promovida por esses grupos. No entanto, a disposição para o protesto é grande.

“A nossa educação está um caos. O prefeito impõe um sistema de meritocracia, que é um verdadeiro fingimento. Nós não temos autonomia para ensinar, trabalhamos em cima de cadernos pedagógicos, que vêm cheios de erros. Queria perguntar se na escola dos filhos do prefeito e da secretária (municipal de educação, Cláudia Costin), eles estudam com esses cadernos. O novo plano ainda permite professores polivalentes, ou seja, qualquer um pode dar aula de qualquer coisa, mesmo sem ter a formação. Isso é um desrespeito”, afirmou a professora Cassiana Vidal da Rede Municipal.