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Segunda sessão da CPI dos Ônibus tem moedas jogadas e 'sapatadas' 

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A segunda sessão da CPI dos Ônibus, na Câmara do Rio, terminou por volta das 13h30 desta quinta-feira e teve moedas jogadas nos integrantes da comissão e 'sapatadas' do lado de fora do Legislativo municipal.  No plenário, o presidente da Rio Ônibus, Lelis Teixeira, disse ter apresentado documentação que comprova a ausência de cartel nos transportes municipais.

Questionado pelo relator, Professor Uóston (PMDB), Teixeira negou que o empresário Jacob Barata controla o sistema de ônibus do Rio. "A família tem 11,28% dessa participação. Ele tem 4,6%. Quem detém 4% ou 11% não controla o sistema", afirmou.

A sessão ocorreu com uma das galerias enfeitadas com baratas de cartolina pintadas e penduradas pela plenária. Uma faixa também foi exposta com os dizeres: "Esta CPI é uma farsa". Mais cedo, manifestantes, sem cobrirem o rosto, interromperam a sessão por diversos momentos e chegaram a atirar moedas em direção aos vereadores.

Do lado de fora da Câmara, manifestantes promoveram um "sapataço". Cartazes com as fotos dos integrantes da CPI foram pendurados junto à escadaria. Populares procuravam acertar o cartaz com um sapato.

Maximino Gonçalves, advogado e representante do Consórcio Santa Cruz (zona oeste, sem Barra da Tijuca e Jacarepaguá), afirmou em depoimento à comissão que o contrato com a prefeitura é de R$ 3,3 bilhões, válido por 20 anos. "Por essa razão de tempo maior que se consegue uma tarifa mais baixa, se o contrato fosse curto o valor teria que ser maior", argumentou. O advogado da empresa trouxe documentos que foram entregues à CPI.

Antes dele, falou aos vereadores o Procurador Geral do Município, Fernando Dionísio,  que negou a denúncia de formação de cartel entre as empresas de ônibus ao afirmar que "o próprio Tribunal de Contas (do Município) atestou isso". "Não só nos pareceres como se vê em declarações jornalísticas também", declarou. 

Essa foi a primeira sessão com a presença do novo membro da CPI, o vereador Marcelo Queiroz (PP), que ficou com a vaga após a recusa do vereador Reimont (PT) e de seu partido em assumir o lugar do membro original da CPI, Eliomar Coelho (PSOL), que renunciou na semana passada ao cargo por não concordar com os rumos da CPI.