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Eduardo Paes não dá aumento aos professores

Mas contrata empresa por R$ 9,4 milhões para corrigir provas

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Depois de ter declarado que pagaria qualquer quantia para o cineasta americano Woody Allen filmar no Rio, enquanto os salários dos professores estão defasados, o prefeito Eduardo Paes volta a surpreender ao contratar uma empresa – Consulplan Consultoria e Planejamento em Administração – por R$ 9,4 milhões para correção de provas dos alunos da rede municipal de ensino.

A Secretaria Municipal de Educação esclareceu que a contratação da empresa será para elaboração, impressão, distribuição, aplicação e correção de provas aos alunos. A prestação do serviço, segundo o órgão, permitirá o acompanhamento do aprendizado visando o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação no Rio (IDE-Rio), que serve de base para as metas do pagamento do Prêmio Anual de Desempenho, que é concedido pelo governo federal.

Enquanto isso, os professores do município - para quem os cofres da prefeitura não se abrem com tanta generosidade - ganham entre R$ 890,22 e R$ 1.112,79 mensais (hora/aula de R$ 9,89), e a prefeitura acena com reajuste de míseros 7,35%, enquanto a categoria pede 19%. 

Os professores em greve reúnem-se nesta terça-feira (3/9), às 14h, para decidir sobre a paralisação que já dura 27 dias. A assembleia da categoria será nos Arcos da Lapa e logo após as discussões, será feita uma passeata até a Câmara de Vereadores, na Cinelândia, para exigir a instalação da CPI do Fundeb.

No encontro, os professores deverão debater ainda outros pontos da pauta de reivindicação, como a autonomia pedagógica nas escolas, apresentação de cronograma para implementação de parte da carga horária para planejamento das aulas e redução do número de alunos por turma.