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Hotel Glória: a maior degradação pública da cidade do Rio

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O Hotel Glória, na Zona Sul, um dos mais tradicionais da cidade, é hoje a maior degradação pública do Rio de Janeiro. Isso, sob o olhar das autoridades estaduais e municipais, que não tomam as mínimas providências para resolver o problema. As obras no prédio arrastam-se até não se sabe quando.

A venda do Hotel, anunciada pelo Grupo EBX, de Eike Batista, é mais um retrato da decadência das empresas comandadas pelo empresário, que já foi o homem mais rico do Brasil e o oitavo do mundo. Mesmo com um investimento na casa dos R$ 200 milhões do BNDES, o agora chamado Glória Palace Hotel, que foi um dos ícones da hotelaria brasileira, é colocado à venda com nem metade das obras concluídas, às ruínas.

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Em apenas dois anos, o império construído por Eike Batista, com investimentos bilionários em diversos segmentos da economia como petróleo, energia e portos, ruiu. Em 2011, o empresário era o oitavo lugar na lista dos homens mais ricos do mundo e possuía uma fortuna pessoal de cerca de US$ 30 bilhões. Ano passado, porém, esse montante caiu para R$ 10,6 bilhões e Eike passou para o centésimo lugar dos mais ricos do planeta, de acordo com a revista Forbes. Hoje, segundo outra publicação, a Bloomberg, o empresário  não figura nem entre os 200 primeiros.

As empresas do empresário não conseguiram continuar subindo na Bolsa de Valores nem com os financiamentos de diversos bancos, como o BNDES, Itaú Unibanco e Bradesco. Somados, os números investidos pelos bancos nas empresas de Eike chegam à ordem dos R$ 16 bilhões. Só o BNDES emprestou R$ 10 bilhões.