Na terça-feira, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) protocolou, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), um pedido de impeachment contra o governador Sérgio Cabral (PMDB). O pedido se baseia na reportagem da revista "Veja", publicada no último fim de semana, que revela o crescimento no faturamento do escritório de advocacia da primeira-dama, Adriana Ancelmo, e que tem como clientes concessionárias e prestadoras de serviço que têm contrato com o governo do Estado do Rio.
De acordo com a "Veja", o escritório Coelho&Ancelmo Advogados saltou de três profissionais e 500 ações, em 2006, para 20 advogados e 10 mil ações em 2012. Ainda segundo 'Veja', Adriana tem rendimentos mensais de R$ 184 mil por sua participação no escritório e entre os clientes estão o MetrôRio, a SuperVIa e a Telemar.
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"Esse enriquecimento beneficia o governador, direta ou indiretamente", afirmou Marcelo Freixo. Há denúncias de que esse é o resultado do faturamento advindo de concessionárias e prestadoras de serviço ao Governo do Estado, tendo havido inclusive contrato prorrogado, antecipadamente, sem qualquer tipo de licitação.
Segundo Freixo, "cabe lembrar que o uso privado de bem público por Cabral fez com que eu tivesse pedido o impeachment do governador, em julho, pelo uso abusivo de aeronaves oficiais para transporte pessoal, de amigos, de babás e até mesmo do cachorro da família".