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Deputados: segurança da Alerj agiu com truculência contra manifestantes

Após deixar Alerj, grupo seguiu para a Câmara de Vereadores

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Manifestantes foram vítimas de excesso de força de seguranças da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) durante uma manifestação no plenário da Casa, no final da tarde desta quinta-feira, afirmaram os deputados estaduais Marcelo Freixo (Psol) e Wagner Montes (PSD). 

Segundo Montes, a sessão plenária já havia sido encerrada quando os seguranças agiram contra os manifestantes. "Eram cerca de 30 pessoas, saí abraçado com elas para que não houvesse violência, mas eles agiram com gás de pimenta, que felizmente não me atingiu, mas quebraram os meus óculos", afirmou o parlamentar, mostrando a armação sem lentes.

Com os olhos irritados por conta do gás de pimenta, Freixo afirmou que, ao final da sessão, por volta das 17h30, os manifestantes passaram a protestar no plenário da Casa. Segundo o deputado do Psol, a retirada do grupo do local foi uma ordem do presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB).

"Nós subimos para conversar com os manifestantes, mas veio essa ordem (de retirada) da presidência, para que eles fossem retirados à força. Era um ato político normal. A segurança da casa seguiu ordens, mas poderia haver o diálogo. O uso da força não era necessário", afirmou o parlamentar, que relatou que ao menos duas manifestantes ficaram feridas. 

Os manifestantes cercaram a Alerj no final da tarde desta quinta-feira em mais um protesto na capital fluminense. O grupo ocupa a escadaria do prédio.

Mais cedo, os manifestantes ficaram na parte de trás da sede do Legislativo fluminense, dificultando que os deputados deixassem o local.

O grupo é formado por diversas frentes, como movimentos estudantis, partidos, sindicato de professores e também manifestantes contra a privatização do estádio do Maracanã. Os black blocs, conhecidos por pregar atos de vandalismo contra alvos específicos como forma de protesto, também fazem parte do ato. Segundo estimativas não oficiais, o protesto reúne cerca de 3 mil pessoas. 

O grupo, que chegou à Alerj depois de sair em passeata da Candelária, entoa vários cantos e protesta contra o governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral. Além das críticas ao político, os manifestantes pedem também informações sobre o paradeiro do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde o dia 14 de julho. 

Por conta da manifestação, a avenida Rio Branco chegou a ter o trânsito interditado, mas, de acordo com o Centro de Operações da prefeitura do Rio de Janeiro, a via foi liberada às 17h50. A pista lateral da avenida Presidente Antônio Carlos ficou fechada, sentido Candelária, a partir da avenida Almirante Barroso. 

Na avenida Rio Branco houve um pequeno desentendimento entre PMs e manifestantes. Os policiais ameaçaram prender os integrantes do protesto, mas ninguém foi detido. 

Após protesto na Alerj, manifestantes seguiram para a Câmara de Vereadores

Após serem retirados da Alerj, os manifestantes seguiram em direção à Câmara de Vereadores, na Cinelândia. Os portões da Casa foram fechados com correntes. Centenas de manifestantes ficaram do lado de fora e cerca de 15 permaneceram no interior. Eles entraram mais cedo, como ouvintes da plenária, e não saíram mais. 

Protesto também em Niterói

De acordo com o 12º BPM, cerca de 100 pessoas também fizeram uma manifestação na Praça Araribóia, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. O  protesto era contra a CCR Barcas e o governador Sergio Cabral.


Com Portal Terra