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Firjan: ampliação da Via Light tiraria 37 mil veículos da Via Dutra por dia 

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A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) defende a urgência da conclusão da Via Light para desafogar o tráfego da Rodovia Presidente Dutra (BR 116) na Baixada Fluminense. A obra tirará 37 mil veículos por dia da Dutra, reduzindo à metade o tempo gasto na viagem. Inaugurada incompleta para integrar Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, São João de Meriti e Rio de Janeiro, a Via Light é subutilizada: recebe 13 mil veículos por dia, embora projetada para 50 mil. É o que revela o estudo Ganhos logísticos e de mobilidade com obras de expansão da Via Light, que a Firjan divulga nesta quarta-feira. 

Amanhã, às 10h, a Firjan promoverá o seminário “Visões de Futuro: Potencialidades e Desafios da Baixada Fluminense”, em que apresentará outras sugestões de ações para o desenvolvimento econômico e social da região que, em um horizonte de 5 a 15 anos, vai se tornar o maior polo gasquímico e petroquímico do país. 

O evento, que será realizado na Universidade Unigranrio, em Caxias, reunirá o presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, o vice-governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, empresários, prefeitos e secretários dos sete municípios que compõem essa representação da Firjan: Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti, Magé, Guapimirim, Paty do Alferes e Miguel Pereira. 

O projeto original da Via Light contempla dois trechos ainda não construídos. O primeiro, de 3,2 km, faz a conexão da Pavuna com a Av. Brasil. O segundo, de 3 km, liga a Av. Brasil a Madureira. As duas intervenções, que têm verba e licenças ambientais aprovadas, representariam menos 37 mil carros e caminhões por dia na Dutra, quase 25% do seu volume atual. A Firjan propõe mais duas extensões da Via Light. Um trecho a ligaria, na altura de Nova Iguaçu, à Dutra, em Queimados. O trajeto, de 14,5 km, aumentaria a circulação de veículos para 65 mil por dia, o que representaria menos 52 mil carros na Dutra, absorvendo 35% do volume atual. 

O outro – de 4,6 km - uniria a Via Light à Linha Vermelha, a partir da Pavuna. Esse trecho atrairia 10 mil veículos por dia. Somada às demais obras citadas, a capacidade da Via Light cresceria para 75 mil veículos por dia, com possibilidade de absorver 40% do volume diário da Dutra. 

A Dutra recebe 150 mil veículos na Baixada, quase o dobro de sua capacidade (80 mil). O tempo médio de deslocamento em 31 km da Dutra, na altura da Baixada Fluminense, é de 80 minutos nos horários de pico, o dobro do adequado, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A FIRJAN calcula que o custo anual dos congestionamentos na Dutra, apenas na Baixada, ultrapassa R$ 1,1 bilhão.