Começo hoje no jornal do Brasil trazendo a esperança dos rostos jovens da minha e de todas as comunidades. Fazendo com que nosso grito pela vida e pela fé possa mudar esse caminho selvagem do materialismo egoísta. Fazendo deste jornal, tradicionalmente católico, instrumento de nossa luta para protestar e reivindicar condições de vida com qualidade para nossa juventude.
O Jornal do Brasil, que há mais de 100 anos, permite ecoar as vozes das comunidades paroquiais, agora nos permite mostrar a nossa cara, cujo a marca da violência e exclusão está estampada. Vamos juntos gritar, mudar o mundo, chega de violência, injustiça e descaso com a nossa juventude! Walmyr Jr.
JUVENTUDE DE FÉ
O JB traz para suas páginas esse sentimento, que passará a ser refletido pelo jovem Walmyr Júnior. Ele foi o escolhido para representar a sociedade civil durante encontro com Papa Francisco, no Theatro Municipal, e emocionou o público com seu discurso no qual contou sua trajetória e como superou as dificuldades de uma vida pobre em uma comunidade carente.
Às segundas e sextas-feiras, Walmyr contará suas experiências com esta nova juventude, que luta por um Brasil melhor.
Nesse momento em que manifestações e protestos mostram a indignação da população, e no qual o jovem vê a anomia do setor público e privado, é preciso fazer uma reflexão.
Diariamente os órgãos de informação publicam escândalos que, no passado, a população mais sofrida não tomava conhecimento. Hoje, o povo pobre é esclarecido.
Escândalos como o nepotismo no processo político, onde o filho ocupa o cargo que é do pai - que ocupa o cargo que pertence ao povo - e o ajuda a ficar mais rico.
Escândalos como os do mercado financeiro, que ganham as páginas de revistas semanais e que vão do protecionismo ao “insider” de bancos, cujos donos deveriam estar presos. Ativos de empresas públicas brasileiras são sucateados por preços apaniguados. Empreiteiras roubam, mudam o nome e continuam roubando.
O caso do jovem que afirmava que se transformaria no mais rico do mundo é uma vergonha. Seu pai era um funcionário. Ele se transformou em bilionário, o estado é seu suporte – ou melhor, o povo. Seus filhos andam de jato e carros de corrida. Dá prejuízo aos seus investidores e o governo o protege. E as entidades responsáveis pelo controle dos contratos ainda têm dúvidas de irregularidades.
A bola de meia que fazia o divertimento diário do jovem pobre se transformou em meia – ou meio – de ouro para obras bilionárias e irregulares.
No segmento dos magistrados, jornais diariamente apontam irregularidades, trazendo para os cofres públicos grandes prejuízos.
No Legislativo, os recentes números do Ibope – que apontaram o Congresso e os partidos políticos como as instituições que menos inspiram confiança na população - falam por si.
De acordo com a mesma pesquisa, o povo só acredita nos bombeiros, certamente para apagar os “incêndios” que se alastram pelo Brasil.
O que se pode esperar de um jovem, diante de todo este quadro, senão a desilusão e a vontade de mudar o rumo da sociedade.