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Há um ano consumidor denunciou risco de rompimento de adutora da Cedae

Em 25 de maio de 2012, Wagner Castilho já previa o rompimento

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O rompimento da adutora da Cedae em Campo Grande - que aconteceu nesta terça-feira (30), deixando uma criança morta e cerca de 15 pessoas feridas -  já vinha sendo previsto desde 2010, quando o consumidor Wagner Castilho, morador da Estrada do Mendanha, onde ocorreu o acidente, alertou a empresa de que a água fornecida continha ferrugem e indícios de que poderia haver problemas com a tubulação. O morador postou no site Reclame Aqui, especializado em reclamações de consumidores, um alerta para a possibilidade de rompimento da tubulação com consequências trágicas para a população da área. A informação foi postada no Blog do deputado Anthony Garotinho nesta quarta-feira (31/7).

“Peço, gentilmente, para que a Cedae do Rio de Janeiro, na pessoa do presidente Wagner Victer, tome as devidas providências para que sejam trocadas as tubulações de ferro que apresentem este problema de oxidação aqui em Campo Grande, altura da Estrada do Mendanha 4501. As antigas tubulações deverão ser trocadas por outras novas que resistam a corrosão. As tubulações que existem aqui na região devem ter quase um século de uso e podem se romper a qualquer momento inundando residências, matando pessoas,destruindo veículos e fazendo com que milhares de moradores fiquem sem água. Os moradores que forem atingidos por esta futura inundação poderão entrar com processos para ressarcimento moral e material”, previu ele em carta postada no dia 25 de maio de 2012.

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No mesmo texto, o morador relata que os problemas começaram em 2010, com a qualidade da água que estava sendo fornecida: “A água que chega a minha residência e a dos vizinhos está com uma grande concentração de ferrugem ou barro, o que a torna com um aspecto de cor amarelada / alaranjada entupindo o filtro da máquina de lavar com os resíduos, deixando as roupas manchadas e a água com gosto ruim”

Ainda na carta postada no site, especializado em reclamações dos consumidores, Wagner afirma que havia enviado à Cedae, por email, uma solicitação para averiguar a qualidade da água em junho de 2010 e o no mesmo mês, um técnico da empresa coletou algumas amostras para averiguação. “A resposta veio em julho 2010 e, segundo a solicitação de análise da água nº 677/10.0 realizada pela própria Cedae, a mesma confirmou, via telefone (21) 2332-1735, o resultado de que realmente estava carregada de ferrugem, mas não informou que medidas seriam tomadas para sanar o problema”, denunciou Wagner na postagem.

“Tentei entrar em contato via Sac Cedae diversas vezes, mas o pessoal de lá, terceirizado e despreparado, mal sabe o que fazer ou informar aos clientes. Eles me orientaram a procurar um centro de atendimento pessoal que fica abarrotado de clientes insatisfeitos e com poucos funcionários que nada podem fazer e são mal treinados para atender à demanda que recebem diariamente”, afirmou Wagner Castilhos.