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Manifestante ferido durante protesto no Rio ganha alta da UTI

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Pedro Guimarães Lins Machado, ferido durante o protesto no Rio de Janeiro na última quinta-feira, recebeu alta neste sábado da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde Pinheiro Machado e foi transferido para um quarto. Ele estava internado com quadro de traumatismo craniano. 

De acordo com o boletim médico, Machado foi submetido à uma nova tomografia que constatou a diminuição da hemorragia, o que permitiu a saída da UTI. Segundo o relatório assinado pelo médico Augusto Margon, ele "se mantém lúcido, orientado, acordado, sem déficit motor, sensitivo e hemodinamicamente estável". 

A passeata marcada pelas centrais sindicais para o centro do Rio, na quinta-feira, teve cenas já vividas pelos cariocas em protestos anteriores: depredações, confrontos e bombas de gás jogadas pela Polícia Militar. No início, cerca de 2,5 mil manifestantes participavam do ato, que partiu da Candelária em direção à Cinelândia, quando os policiais jogaram bombas após um tumulto gerado pela prisão de um homem que quebrou uma vidraça da Igreja da Candelária.

Manifestantes também se reuniram em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, onde acabaram entrando em confronto com a polícia. Os PMs precisaram usar bombas de gás e spray de pimenta depois que algumas pessoas lançaram morteiros em direção ao palácio.

Cerca de 500 pessoas correram em direção aos prédios da região, mas alguns manifestantes continuaram lançando rojões em direção à PM. Os manifestantes montaram barricadas pelas ruas de Laranjeiras com lixeiras da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). 

No centro, segundo a PM, um grupo de cerca de 100 manifestantes vestidos de preto e com máscaras praticava atos de vandalismo e agressões. Bombas de gás e de efeito moral tentaram acabar com a quebradeira. Os manifestantes atearam fogo em objetos na avenida Rio Branco, gerando risco de incêndio. Uma cabine da Polícia Militar na rua da Carioca e carros de som também foram atingidos por pedras. O Batalhão de Choque reforçou a segurança na Cinelândia, onde a estação do Metrô foi fechada.

Greve geral

?Milhões de trabalhadores cruzaram os braços e paralisaram serviços fundamentais como bancos, indústria, obras, transporte público e construção civil em várias cidades no dia 11 de julho de 2013. Entre as entidades que aderiram a paralisação nacional estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), além do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da União Nacional dos Estudantes (UNE). 

Chamado pelos sindicatos de greve geral, o movimento - que pegou carona na onda de protestos que atingiu diversas cidades brasileiras em junho - é o quarto desse tipo em 190 anos, desde a Independência (7 de setembro de 1822). Em 2013, a novidade é a unificação dos sindicatos e movimentos sociais em uma pauta que cobra o avanço do Brasil.