A aversão de grande parte de manifestantes a partidos políticos gerou consequências mais graves no Rio de Janeiro. Dez integrantes do PSTU foram agredidos no protesto dessa quinta-feira, declarou o presidente regional do partido, Cyro Garcia. Segundo ele, as agressões foram orquestradas e executadas por grupos nazifascistas que estão sendo “pagos para reprimir a livre expressão dos partidos políticos”.
O presidente do PSTU diz entender a repulsa da população aos partidos. Para Garcia, os que estão no poder deram mostras de atitudes corruptas e frustraram a população. Ele lembrou que, quando o grupo do PSTU chegou no protesto, um grupo os vaiou, enquanto outra parte os aplaudiu. “Agressões é que não podem ser admitidas. Onde está o Estado democrático de direito?”, questionou.
Ele, no entanto, descartou a possibilidade de o PSTU
deixar de ir para a rua. Ele explicou que os militantes vêm discutindo
táticas para fugir das agressões gratuitas durante as manifestações.
“Nossos militantes foram caçados ontem, assim como os demais partidos de
esquerda, como o PSOL e o PCO. São nazifascistas infiltrados e pagos
para isso. Mas não vamos parar. O PSTU nunca se eximiu das lutas nesse
país. A mobilização está no nosso DNA”, afirmou na tarde desta
sexta-feira.
Nenhum dos militantes do PSTU corre risco de morrer. Um dos feridos teve o rosto desfigurado e poderá ter que passar por uma cirurgia plástica para reconstituir a face. De acordo com o dirigente, três outros militantes foram feridos na cabeça. “Jogaram bombas na direção do nosso grupo. Não nos esqueçamos que havia policiais à paisana no meio do protesto. Tem gente que quer enfraquecer o movimento”, comentou.