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MPF: Justiça determina retirada de cisterna e estacas da Marina da Glória 

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A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça concedeu liminar determinando que a empresa MGX Empreendimentos Imobiliários e Serviços Náuticos, do empresário Eike Batista, inicie a retirada de cisterna, do alargamento do píer (no trecho próximo a cisterna) e de estacas implantadas no espelho d'água na Marina da Glória. A empresa deve ainda liberar o acesso público ao mar, possibilitando o uso do local para treino e competições de remo. 

No ano passado, o MPF moveu ação civil pública, através da procuradora da República Ana Padilha Luciano de Oliveira, devido a representação da Federação dos clubes de remo notificando a restrição do acesso público por terra e de pessoas e barcos às águas da Marina da Glória e, consequentemente, à Baía de Guanabara. Segundo a ação, a empresa MGX bloqueou os acessos para implantação de um novo projeto de expansão na referida área.

Para o MPF, o acesso ao local deve ser garantido sem nenhuma restrição e por isso houve lesão ao patrimônio histórico nacional devido ao tombamento do Parque do Flamengo pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Em 2010, peritos do MPF vistoriaram o local e constataram a limitação de acesso público ao local, inclusive no acesso a partir da Praia do Flamengo, que encontrava-se totalmente impedido por meio de uma cerca instalada no local.

A 14ª Vara Federal estabeleceu 30 dias como prazo máximo para efetivo início dos pedidos enquanto o MPF deve fiscalizar o andamento das obras.