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Protesto na Praia de Copacabana pede liberdade religiosa no Irã

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Seguidores da religião Bahá’i fizeram hoje (5) no Rio de Janeiro uma manifestação em defesa da liberdade religiosa no Irã e pela libertação de fiéis bahá’is presos na república islâmica. O protesto, na Praia de Copacabana, na zona sul da cidade, faz parte de uma mobilização internacional, que prevê manifestações em várias cidades do mundo nas próximas duas semanas.

O principal objetivo dos protestos é chamar a atenção da comunidade internacional para a prisão de sete líderes da religião Bahá’i em 2008. Eles foram condenados a 20 anos de prisão pela Justiça iraniana, segundo a comunidade Bahá’i, simplesmente por sua crença religiosa.

Segundo Mary Aune-Cruz, articuladora da comunidade religiosa na sociedade e no governo no Brasil, os bahá’is sempre foram perseguidos no Irã, país onde a religião surgiu em meados do século 19, mas a situação piorou com a Revolução Islâmica em 1979. Mais de 100 fiéis estão atualmente presos naquele país.

“Existe uma perseguição sistemática dos bahá’is pelo Estado iraniano. A gente diz que é uma perseguição do berço à sepultura, porque há bebês presos junto com suas mães e uma das lideranças presas tem mais de 80 anos”, disse Aune-Cruz.

Na manifestação de hoje, foi estendido sobre a areia um painel do artista plástico Siron Franco de 10x15 metros. Além disso, foram distribuídos panfletos aos pedestres, que explicam a situação dos bahá’is no Irã. “Queremos mostrar que o mundo está olhando, está vendo a situação dos direitos humanos no Irã”, destacou a religiosa.

O protesto contou com o apoio da Anistia Internacional. Maurício Santoro, assessor de direitos humanos da organização não governamental internacional, disse que a pressão internacional pode levar a uma melhoria da situação dos direitos humanos no Irã. “O regime se mostra sensível a esse tipo de pressão, porque está preocupado com o que o resto do mundo pensa sobre ele.”

A Embaixada do Irã no Brasil não se pronunciou sobre o caso da prisão dos bahá’is, mas informou, por meio de nota, que ninguém é perseguido por causa de sua religião na república islâmica e que, segundo a Constituição iraniana, todos os cidadãos têm os mesmos direitos.